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Sinônimo de carros de luxo e símbolo da indústria alemã, BMW completa 100 anos

Empresa nascida como fábrica de aviões durante a Primeira Guerra Mundial tem trajetória que inclui grandes feitos, mas também um obscuro envolvimento com o nazismo

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h12 - Publicado em 8 mar 2016, 09h37

A BMW, uma das mais conhecidas fabricante de automóveis de luxo do mundo, chegou aos 100 anos de vida nesta segunda-feira. A trajetória da empresa, que começou com a fabricação de motores de aeronaves, se entrelaça com a história da Alemanha no século XX, o que faz dela um ícone não apenas empresarial.

Um dos símbolos da indústria alemã, a BMW nasceu em 7 de março de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, como “Fábrica Bávara de Aviões” (Bayerische Flugzeugwerke). Pouco depois, após a derrota da Alemanha, o Tratado de Versalhes, de 1919, proibiu o país de fabricar aviões, razão pela qual a empresa precisou se reinventar.

Em 1922, a BMW foi refundada com o nome de Bayerische Motoren Werke (Fábrica Bávara de Motores). Nessa transição, ela adotou o logotipo azul e branco em forma de hélice, um emblema que combina as cores do estado alemão do qual se origina e seus primeiros passos no setor da aviação.

“Aquilo pelo qual a BMW é mais conhecida hoje em dia, os carros, é o que veio por último para completar seu portfólio de atividades”, diz Manfred Grunert, historiador da empresa. Atualmente, a companhia fabrica os carros de luxo e as motos da marca, os caríssimos Rolls-Royce e os elegantes Mini, e conta com 30 fábricas em 14 países, empregando cerca de 116.000 funcionários. Em 2014, suas vendas somaram 80 bilhões de euros.

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Prisioneiros de guerra – Depois de apresentar seu primeiro modelo de motocicleta, em 1923, a BMW lançou-se à fabricação de carros em 1928 com a compra de uma fábrica em Eisenach, no centro da Alemanha. Na década de 1930, ela criou o sedan 326 e o conversível 328 e desenvolveu seu próprio estilo, com a grade que se tornou uma de suas marcas registradas.

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Durante o regime nazista, a BMW contribuiu com a indústria armamentista e voltou às suas raízes fabricando motores de aeronaves. A partir de 1939, a empresa utilizou milhares de prisioneiros de guerra e presos de campos de concentração em suas fábricas, um capítulo negativo de sua história que permaneceu na obscuridade até os anos 1980.

Quando a guerra terminou, a empresa já não era nem a sombra do que havia sido e sobreviveu fabricando eletrodomésticos. A produção de motocicletas foi retomada em 1948 e a de carros, em 1952. Mas o sucesso demorou.

Em 1959, os graves problemas financeiros ao longo da década levaram a empresa à beira de ser absorvida pela sua rival, Daimler-Benz, mas um grupo de acionistas se rebelou. Um deles, Herbert Quandt, filho de um industrial muito conhecido, salvou a marca com uma injeção maciça de capital.

“Sem o seu empenho, a BMW seria hoje uma fábrica da Daimler”, estima Grunert. A família Quandt é ainda hoje uma das maiores acionistas da BMW, com 47% das ações.

No entanto, o nome Quandt também está associado ao período nazista, já que o pai de Herbert, Guenther Quandt, foi casado com a que se tornaria a esposa de Joseph Goebbels – o número 2 do regime comandado por Adolf Hitler – e que aproveitou o espólio de comerciantes judeus para fazer negócios.

Na década de 1960, a BMW garantiu vários sucessos com modelos sedan e lançou o slogan “prazer de conduzir”. O seu presidente entre 1970 e 1993, Eberhard von Kuenheim, foi quem deu o passo para a internacionalização da marca.

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Na década de 2000, a marca aventurou-se além do sedans com modelos 4×4 urbanos e alguns modelos compactos. Em seguida, ela se tornou a precursora da indústria alemã de carros elétricos, com o modelo BMWi3, um modelo 100% elétrico.

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(Com AFP)

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