Sete Brasil deve receber empréstimo de bancos e do BNDES
Maior fornecedora de sondas para Petrobras receberá aporte de consórcio liderado pelo Banco do Brasil, enquanto aguarda desembolso de US$ 3,1 bilhões do BNDES
A Sete Brasil pode estar perto de receber um empréstimo-ponte de 800 milhões de reais de um consórcio de bancos comerciais liderado pelo Banco do Brasil, enquanto aguarda um aporte bilionário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informaram duas fontes à agência Reuters. O objetivo é aliviar o caixa da maior fornecedora de sondas para a Petrobras no pré-sal, que precisa honrar compromissos financeiros equivalentes a 4 bilhões de dólares nos próximos meses.
Os valores correspondem a empréstimos de curto prazo tomados para o início da produção de sondas até o BNDES desembolsasse 3,1 bilhões de dólares. O jornal Folha de S. Paulo apurou que o desembolso pode chegar a 3,5 bilhões de dólares. Uma das fontes disse que o BNDES aprovou a operação, mas estaria atrasando a liberação dos recursos por não ter ficado satisfeito com as garantias apresentadas. A Sete Brasil poderia obter pelo menos parte do dinheiro até o fim de fevereiro. As duas primeiras sondas devem ser entregues até o fim do ano.
Segundo a Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff se reuniu na tarde de quarta-feira com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, para tentar liberar os empréstimos para socorrer a companhia. Sete Brasil, Banco do Brasil e BNDES preferiram não se pronunciar sobre o assunto.
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Investimentos – A Sete Brasil planeja investir 25 bilhões de dólares até 2020 na construção de até 28 plataformas de perfuração em águas profundas que serão alugadas pela Petrobras. A estatal é acionista da Sete Brasil, com 5% de seu capital. O episódio acontece em um meio aos temores de que o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras algumas das maiores empreiteiras do país possa afetar a cadeia de fornecedores da estatal.
Entre os acionistas da Sete Brasil também estão os fundo de pensão Petros, Previ, Funcef e Valia, os bancos Santander, Bradesco e BTG Pactual, além das empresas de investimento EIG Global Energy Partners, Lakeshore e a Luce Venture Capital e o fundo FI-FGTS.
(Com agência Reuters)