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Saques da poupança somam R$ 1,3 bi em novembro, novo recorde para o mês

Resgates são os mais altos para novembro desde 1995; no ano, total resgatado da aplicação soma 58,35 bilhões de reais

Por Da Redação
4 dez 2015, 15h16

A quantia de saques da poupança superou a de depósitos em 1,3 bilhão de reais em novembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). No ano até o mês passado, o total resgatado dessa aplicação foi de 58,35 bilhões de reais. Nos dois casos, tratam-se dos maiores volumes de retiradas desde 1995, quando a instituição começou a compilar as informações.

Até então, o pior novembro para a caderneta havia sido o de 1995. Na ocasião, o resultado ficou negativo em 590,9 milhões de reais. O resultado de janeiro até agora também é significativo: Pela primeira vez se vê um volume de resgates maior do que o de aplicações em todos os meses de um ano de janeiro a novembro.

Em janeiro passado, o resultado ficou negativo em 5,5 bilhões de reais e, em fevereiro, em 6,3 bilhões de reais. Em março, os resgates superaram os depósitos em 11,4 bilhões de reais e, em abril, em 5,8 bilhões de reais. Em maio, o saldo ficou no vermelho em 3,2 bilhões de reais e, em junho, em 6,3 bilhões de reais. Em julho, o volume de saques ficou 2,45 bilhões de reais maior do que as aplicações e, em agosto, 7,5 bilhões de reais. Em setembro, as retiradas foram de 5,29 bilhões de reais e, em outubro, os saques ficaram em 3,3 bilhões de reais. O resultado negativo de março foi o pior para qualquer mês da série histórica do BC, iniciada em 1995.

Com o resultado de novembro, o saldo total da poupança ficou em 647,62 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do período, no valor de 4,07 bilhões de reais. Os depósitos na caderneta somaram 165,58 bilhões de reais no mês passado, enquanto as retiradas foram de 166,88 bilhões de reais.

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A situação de novembro só não foi pior porque, no último dia útil do mês, a quantidade de aplicações foi 4,56 bilhões de reais maior do que o das retiradas. É comum ocorrer um aumento dos depósitos no último dia de cada mês por causa das aplicações já programadas por investidores com seus próprios bancos. O movimento ganhou força com o depósito da primeira parcela do décimo-terceiro salário a aposentados e pensionistas.

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Remuneração – Essa fuga da poupança tem ocorrido, entre outros motivos, porque, com a recessão econômica, sobram menos recursos dos trabalhadores para investimentos. Além disso, com um cenário de juros e dólar altos, outros investimentos tornam-se mais atrativos. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano e atualmente está em 14,25% ao ano.

Por conta dessa sangria na poupança vista desde o início do ano, o setor imobiliário passou a reclamar de falta de recursos para financiamentos de casas e apartamentos. Para minimizar esse quadro, o BC decidiu, em maio, liberar os bancos para usar 22,5 bilhões de reais dos depósitos da poupança que são obrigados a manter na instituição para desembolsos nas operações de financiamento habitacional e rural.

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(Com Estadão Conteúdo)

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