SÃO PAULO (Reuters) – O Santander Brasil anunciou nesta terça-feira mudanças no sistema de avaliação de risco de clientes pequenos empresários, aliada à redução de juros nas linhas de financiamento direcionadas a esse público.
O anúncio chega dias depois de os estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal terem anunciado cortes agressivos de juros em várias linhas para pessoas físicas e empresas, em meio à ofensiva do governo para forçar uma queda no spread bancário. Na semana passada, o HSBC foi o primeiro banco privado a aderir e também cortar juros em várias linhas.
No caso do Santander, a alteração consiste na centralização do atendimento dos pequenos empresários, com faturamento anual de até 1 milhão de reais, que também sejam clientes pessoa física do banco, numa mesma gerência de atendimento.
O banco, no entanto, negou relação entre as medidas e os cortes anunciados pelos concorrentes nas últimas semanas, atribuindo sua decisão à mudança de metodologia interna.
“Agora temos um diagnóstico mais preciso (de risco dos clientes) e podemos oferecer soluções de forma mais efetiva”, disse o vice-presidente executivo comercial do Santander Brasil, Pedro Coutinho.
A taxa de capital de giro nos cartões para empresas passou da faixa de 1,88 a 4,13 por cento para outra que vai de 1,54 a 3,12 por cento ao mês. A taxa de desconto de duplicatas recuou da banda de 2,51 a 3,89 por cento para a de 1,99 a 2,97 por cento.
A taxa cobrada dos recebíveis de cartões caiu do intervalo de 2,54 a 3,27 por cento para 1,50 a 2,00 por cento. Por último, a taxa do desconto de cheque recuou de 2,34 a 3,21 por cento para entre 1,87 e 2,49 por cento.
Além disso, clientes que tiverem conta corrente pessoa jurídica e pessoa física e mais o serviço de adquirência (máquina que processa compras via cartão de crédito e débito) terão isenção de tarifas na conta de empresa e 50 por cento de desconto em pacotes de serviços premium.
Às 15h04, a unit do Santander Brasil na bolsa tinha alta de 4 por cento, a 16,09 reais. No mesmo instante, o Ibovespa subia 1,55 por cento.
(Por Aluísio Alves)