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Reservas de xisto representam 10% do petróleo mundial

Estudo inédito dos Estados Unidos mostra como a rocha poderá ser alternativa às fontes convencionais do combustível fóssil

Por Da Redação
10 jun 2013, 20h58

As reservas de xisto representam 10% do total de petróleo e 32% do gás disponível no planeta. Além disso, a maior parte desse mineral está concentrada em poucos países e a rentabilidade da exploração ainda é difícil de estimar. As informações foram divulgadas na primeira pesquisa publicada pela Agência de Estudos sobre Energia (EIA na sigla em inglês) dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

O país que mais detém reservas de xisto (que pode ser transformado em petróleo) é a Rússia, seguida por Estados Unidos, China e Argentina. Já os países com maiores reservas de gás de xisto – encontradas entre as camadas do mineral – são China, Argentina, Argélia e Estados Unidos.

Vale ressaltar que o fato de tais países terem as maiores quantidades de xisto não indica que há uma produção efetiva de combustível: de acordo com o estudo, que reúne 41 países, apenas Estados Unidos e Canadá (nono colocado em reservas de xisto e quinto em volume de gás) transformam as rochas em combustível em quantidades comerciais. Contudo, outras nações como Argentina, Austrália, China, Inglaterra, México, Rússia, Arábia Saudita e Turquia começaram a avaliar esta possibilidade.

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Transformação – Para produzir petróleo a partir das rochas de xisto é preciso submeter o mineral a processos químicos e de alta pressão. A técnica é criticada por ecologistas, que afirmam que a produção é altamente poluente.

A revolução do xisto fez com que o petróleo obtido dessa forma representasse, no ano passado, 29% da produção total de petróleo nos Estados Unidos e, no caso do gás, 40%. Tal aumento fez com que o preço do gás norte-americano ficasse cinco vezes menor que o do brasileiro.

O xisto e a revolução do petróleo – As novas descobertas de reservas de fontes de petróleo no mar e nas rochas levou um estudioso italiano a afirmar que, ao contrário do que normalmente se ouve, a produção de petróleo deve crescer. Para Leonardo Maugeri, que fez um estudo sobre o crescimento do setor enquanto estudou em Harvard, o fim da era do petróleo está longe de acontecer e a produção deve aumentar em 20% nos próximos sete anos.

A argumentação de Maugeri é calcada em dois pontos que se interligam. O primeiro é a descoberta de novas reservas no mundo ocidental – não apenas de petróleo convencional, como é o caso do encontrado na camada pré-sal brasileira, mas também das reservas de xisto pelo mundo e de areias betuminosas no Canadá.

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A produção de xisto em terras norte-americanas trouxe prosperidade ao estado da Dakota do Norte. Ao mesmo tempo em que a economia dos Estados Unidos sofre para se recuperar da crise, o estado tem baixos níveis de desemprego e começou a atrair jovens e adultos em busca de salários maiores do que nas grandes capitais.

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(com agência France-Presse)

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