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Rebaixamento não é culpa do Congresso, dizem Cunha e Renan

Um dos maiores desafetos do governo, presidente da Câmara jogou a bomba da perda do grau de investimento para o colo do Planalto: "Não está conseguindo fazer a parte dele"

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 set 2015, 14h49

Ao comentar o rebaixamento do grau de investimento do Brasil, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), unificaram o discurso de que o Congresso não é culpado pela perda do selo de bom pagador. Nesta quarta-feira, em decisão que deve agravar a crise econômica no país, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s reduziu a nota brasileira de BBB- para BB+, o que tira o Brasil da lista dos países considerados “investment grade” (ou “grau de investimento”) e o coloca entre os “especulativos”.

Em posicionamento duro, Cunha jogou a culpa do rebaixamento sobre o colo do Planalto. “A verdade é que o governo não está conseguindo fazer a parte dele. A arrecadação caiu violentamente, o governo não sinaliza que as despesas não vão ser aumentadas e não tem a confiança do mercado, dos investidores e dos consumidores para manter a atividade econômica. Se não restabelecer isso, não vai recuperar”, afirmou.

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Um dos principais desafetos do governo, Cunha reconheceu as divergências políticas, mas reforçou que todas as propostas econômicas apresentadas pelo governo, como as medidas provisórias do ajuste fiscal e a reoneração da folha de pagamento, foram aprovadas pela Câmara. “O Congresso não negou nada que o governo pediu, inclusive de aumento tributário. Então, não adianta dizer que tem crise de relacionamento com o Congresso que não é essa a causa da redução do rating. Quem mandou o orçamento deficitário foi o governo. Efetivamente, nós temos problemas sim, mas é preciso que o governo faça primeiro a sua parte”, afirmou o peemedebista.

Renan – Na mesma linha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que busca se cacifar como um dos solucionadores da crise, buscou ressaltar a agenda anticrise, apresentada pelo Senado, com propostas para reerguer a economia. “O Legislativo colaborou, aprovou o ajuste fiscal e apresentou a chamada Agenda Brasil, que é a única maneira de reverter a expectativa com relação ao grau de investimento. Avançar na regulação, nas reformas estruturais e preservar o interesse do país: isso tem de unir a todos nesse momento”, afirmou o peemedebista.

Na quarta, Cunha e Renan já haviam ensaiado um discurso similar ao comentarem o aumento de impostos. Seguindo posicionamento com a cúpula do PMDB, os dois rechaçaram, ao menos por ora, qualquer nova taxação e defenderam que o governo enxugue a máquina para poupar gastos.

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