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Rajoy pede queda de barreiras entre Brasil e Espanha

Em visita à Fiesp, premiê espanhol reitera que países têm oportunidades de crescer juntos e pediu confiança de empresários brasileiros

Por Naiara Infante Bertão
21 jun 2012, 16h26

Em encontro com empresários espanhóis e brasileiros em São Paulo, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, admitiu que o quadro econômico está crítico, mas pediu confiança na capacidade do país de sanar problemas e oferecer oportunidades de negócio.

Rajoy disse que a Espanha é uma grande porta de entrada para as empresas brasileiras chegarem aos mercados da União Europeia, que ainda possuem elevado poder de consumo. “Aumentar os fluxos de investimentos entre os dois países é fundamental. Precisamos eliminar as barreiras, quer sejam alfandegárias, quer não. Assim, impulsionamos o crescimento econômico e a criação de empregos em ambos”, sugere.

Crise espanhola – O premiê admitiu que a Espanha atravessa um momento econômico muito complexo e que enfrenta dificuldades para se financiar no mercado internacional, principalmente devido às incertezas sobre o euro. “A ajuda disponibilizada pelos nossos parceiros da União Europeia (de até 100 bilhões de euros) será mais que suficiente para resolver os problemas de nosso sistema financeiro. Não será fácil, nem rápido, mas é um processo imprescindível e o governo está disposto a fazê-lo”, destaca.

Os custos de empréstimo da Espanha atingiram novo recorde desde a criação do euro nesta quinta-feira. O Tesouro vendeu títulos com vencimento em julho de 2015 a um rendimento de 5,457% ante 4,876% em maio, enquanto os papéis para julho de 2017 foram vendidos a um rendimento de 6,072% ante os 4,960% do mês passado. Esse foi o rendimento mais alto para um título de cinco anos desde 1997 – dois anos antes de a Espanha adotar o euro.

Nesta quinta-feira também saiu o resultado da avaliação da saúde dos bancos espanhóis, encomendada pelo governo a duas agências independentes. Segundo Rajoy, os resultados mostram que as ações do governo até agora foram necessárias e corretas.

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Ele destacou que as reformas trabalhistas e as medidas de austeridade aplicadas até o momento são necessárias para conter o aumento de gastos públicos. “Só essas reformas colocarão a economia espanhola no caminho do crescimento novamente. O ajuste fiscal e as reformas estruturais são prioridade e renderão feitos”, diz.

Ele reiterou ainda que a União Europeia precisa se esforçar para manter a confiança dos mercados no euro. Na avaliação de Rajoy, as incertezas afetam as perspectivas de crescimento e tornam-se um obstáculo ao acesso a financiamentos das economias periféricas.

Fiesp – Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), se disse surpreso com a postura e clareza com que o líder espanhol expôs os problemas do país. O executivo também elogiou a firmeza com que Rajoy afirmou que eles serão resolvidos. “Rajoy nos passou a impressão de que está disposto a fazer o que for necessário para salvar a economia espanhola e expressou isso de forma clara e corajosa”, disse. Ele acrescentou que a Espanha está em um momento difícil e que talvez essa seja a melhor oportunidade para algumas empresas investirem no país e conquistarem um mercado em uma economia importante como a espanhola.

Skaff declarou também que as empresas espanholas voltadas ao setor de infraestrutura podem contribuir muito para o crescimento do Brasil. “A Espanha já investiu nos últimos vinte anos 500 bilhões de dólares em sua infraestrutura. Eles têm know how, mão de obra especializada, etc. Por isso, as empresas deste setor deveriam ver oportunidades de negócio imensas no Brasil, que sofre de déficit de infraestrutura”, afirma.

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