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Queda perde força e dólar fecha o dia em baixa de 0,58%, a R$ 3,76

Mercado foi dominado pelo rumor de mudança no Ministério da Fazenda, mas operadores relativizam influência do 'fator Meirelles' e falam em ajuste técnico

Por Luís Lima 11 nov 2015, 17h12

Em uma sessão dominada pelos rumores de mudança no comando do Ministério da Fazenda, o dólar permaneceu em baixa durante toda esta quarta-feira e fechou negociado por 3,76 reais. A queda foi de 0,58%. A cotação da moeda americana abriu em baixa, e o declínio se acentuou nas horas seguintes. Por volta de 12h, a baixa de mais de 2% levou o dólar para 3,70 reais, seu menor valor desde o dia 2 de setembro.

O comentário do dia foi a possibilidade de o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, assumir o Ministério da Fazenda, em substituição a Joaquim Levy. Meirelles, segundo os rumores, teria o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mas, ao fim dos negócios, operadores ouvidos pelo site de VEJA relativizaram o aparente otimismo dos investidores com uma eventual mudança no Ministério da Fazenda. Em primeiro lugar, a queda expressiva registrada durante a sessão deveu-se não apenas ao rumor de mudança no comando da equipe econômica, mas também ao baixo volume de negócios, o que motiva a volatulidade. O mercado de câmbio tem sido pouco ativo nas últimas semanas e a baixa liquidez se acentuou nesta quarta-feira devido ao feriado do Dia do Veterano, nos Estados Unidos.

Assim, o rumor sobre a troca de ministro da Fazenda acabou sendo a explicação para a queda do dólar, mas não seu motivo solitário. Há contratos vinculados à Ptax (taxa média do dólar durante o dia) para vencer nesta quinta-feira. Assim, alguns investidores atuaram para derrubar a cotação – e, portanto, a Ptax -, segundo Jefferson Rugik, diretor de câmbio da corretora Correparti.

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Isso não significa que o fator “Levy-Meirelles” tenha sido desprezível. Como o mercado tenta se antecipar aos desdobramentos das decisões políticas, a eventual mudança no Ministério da Fazenda foi encarada como positiva para o mercado de câmbio – embora não necessariamente para o todo da economia. “Meirelles é expansionista. Ele entra não para fazer cortes, mas para fazer a economia girar”, diz Rugik. “Para o mercado, é bom, mas para o Brasil, não. O país não vai mudar em passe de mágica, e temos sérios problemas na área fiscal para encarar.”

Levy tem sido visto como o fiel da balança da confiança dos mercados internacionais na economia brasileira. Por outro lado, é fato que, entre os investidores, cresce o percepção de que o ministro da Fazenda tem tido dificuldade política para levar o ajuste fiscal adiante. Meirelles, com tino político mais forte, poderia ter mais condições “(O mercado reagiu positivamente) nem tanto pela figura do Meirelles, mas pela possibilidade de mudança. Algo precisa acontecer, e Levy, apesar de forte, não tem condições políticas de trabalhar com o Legislativo”, diz Fernando Begallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.

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