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Propina da Lava Jato causou prejuízo de até R$ 6 bi, diz jornal

Cálculo de perdas com o esquema de corrupção na Petrobras considera o valor correspondente a 3% dos ativos suspeitos de desvios

Por Da Redação
10 abr 2015, 09h54

As perdas com o esquema de corrupção na Petrobras devem atingir entre 5 bilhões de reais e 6 bilhões de reais, valor correspondente a 3% dos ativos suspeitos de algum tipo de desvio. Segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo, a conta contempla todos os contratos e aditivos firmados com as empresas citadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), e deve constar no balanço de 2014.

Trata-se do maior percentual relatados nas delações premiadas feitas por ex-executivos e empresários acusados de envolvimento em irregularidades. A conta tenta mostrar aos investidores que a estatal não está disposta a esconder prejuízos. A medida é um esforço no sentido de fazer com que seu balanço seja auditado pela empresa PricewaterhouseCoopers (PwC).

A Petrobras pretende apresentar seus dados financeiros até o dia 20, o que colocaria um ponto final em uma novela que se arrasta desde 31 de outubro do ano passado. Na ocasião, a PwC se negou a aprovar o balanço, já que não havia estimativas de perdas com corrupção. A estimativa inicial de perdas, de 88,6 bilhões de reais, foi projetada na gestão Graça Foster, contrariou a presidente Dilma Rousseff (PT) e foi o estopim para a saída de Graça da direção da empresa.

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Caso a estatal não divulgue seus resultados auditados até o dia 31 de maio, seus credores poderão pedir o pagamento antecipado de dívidas. Para evitar que isso aconteça, o atual presidente, Alder Bendine, montou uma força-tarefa para chegar a uma estimativa de perdas por corrupção. O cálculo, no entanto, não deve considerar o sobrepreço causado pelo suposto cartel de empresas.

Custo da corrupção – Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Petrobras deve separar as perdas decorrentes do processo de imparidade (reavaliação de seus ativos) e o que está sendo chamado na petroleira de “custo da corrupção”. A ideia é explicitar nas demonstrações financeiras o que a companhia entendeu serem atos de corrupção, baseada em registros encontrados nos processos da Lava Jato.

A missão da nova diretoria de Governança, Risco e Conformidade será desenvolver metodologias que possam capturar artificialismos no preço dos serviços fornecidos à Petrobras e que até hoje são extremamente difíceis de ser identificados. Com isso, a empresa espera evitar a repetição de irregularidades constatadas em contratos listados como suspeitos na investigação da PF.

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(Da redação)

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