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Produtividade do Brasil cai pelo terceiro ano consecutivo

Dados divulgados pelo Conference Board, principal instituto de pesquisas sobre o tema, mostram que o indicador recuou 0,9% em 2013

Por Da Redação
14 jan 2014, 22h32

Mesmo com as projeções de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 2% em 2013, a produtividade do Brasil segue patinando. Pelo terceiro ano consecutivo, houve queda no indicador. O índice recuou 0,9% no ano passado. Em 2012, a perda foi de 1,9% e em 2011, de 0,4%. Os dados foram divulgados pelo Conference Board, renomado instituto de pesquisas sobre produtividade que possui parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) no país.

O estudo mostra que o recuo ocorreu na produtividade total dos fatores, conceito usado para mensurar o quanto a economia produz levando em conta uma mesma quantidade de capital e horas trabalhadas. Tal indicador é considerado o componente mais importante na avaliação das perspectivas de crescimento econômico no longo prazo. “O resultado revela ineficiências no uso dos recursos, incluindo infraestrutura inadequada, alta carga tributária trabalhista e investimentos insuficientes em tecnologia”, informa o comunicado do instituto.

A média global de produtividade total ficou negativa em 0,1%, enquanto a produtividade do trabalho caiu de 1,8% em 2012 para 1,7% no ano passado. Nos Estados Unidos, apesar de a crise não ter sido completamente superada, houve avanço de 0,4% tanto na produtividade total quanto na do trabalho. Na Europa, houve recuo de 0,5% e crescimento de 0,6%, respectivamente.

O Conference Board mostra ainda que a produtividade total chinesa ficou estagnada, enquanto os emergentes apresentaram queda de 0,5%. “Um crescimento sustentável dos investimentos na China não parece retornar aos níveis de antes, principalmente porque futuros saltos em tecnologia e inovação levam mais tempo para se materializar”, afirma a pesquisa.

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Produtividade no trabalho – Apesar de o índice total brasileiro mostrar queda, o Conference Board ressalta que, ao considerar apenas a produtividade no trabalho – ou seja, a produção por horas trabalhadas – o Brasil apresentou melhora. O avanço passou de 0,4% em 2012 para 0,8% em 2013. Para efeito de comparação, o México mostrou queda no mesmo indicador: de 0,4% para 0,3% no ano passado.

O resultado brasileiro está bem abaixo da média dos países emergentes, que tiveram média de 4,1% no ano passado, puxados, sobretudo, pela China, cujos ganhos ficaram em 6,7%. O número, apesar de ser muito superior ao brasileiro, é o mais baixo em uma década para os padrões chineses.

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O instituto afirmou ainda que uma aceleração da produtividade como a ocorrida na última década não deve se repetir para os países em desenvolvimento devido ao crescimento mais fraco do PIB. “Ainda que a produtividade cresça nas economias emergentes e em desenvolvimento, um avanço semelhante ao da última década parece fora de questão. Os ganhos em produtividade alcançados desde a década de 1990 em muitos desses países deixam pouco espaço para grandes melhoras daqui para frente”, afirma.

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