Produção industrial cai 2% em maio
Indicador, porém, apresentou resultado positivo no acumulado do ano e na comparação com maio de 2012
A produção industrial recuou 2% em maio ante abril, mas avançou 1,4% ante maio do ano passado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira. Em abril, o indicador subiu 8,4% frente ao mesmo período de 2012, e 1,8% em relação a março.
Com isso, a produção da indústria, um dos setores que tem mais afetado negativamente o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos trimestres, caiu 0,5% no acumulado de 12 meses. Mesmo assim, o dado negativo de maio de 2013 é menor do que o visto nos meses anteriores neste tipo de comparação: janeiro (-2,0%), fevereiro (-1,9%), março (-2,0%) e abril (-1,1%). No ano, porém, somou alta foi de 1,7%.
O resultado mensal é o pior desde fevereiro, quando a produção caiu 2,3% e também foi pior do que a expectativa de analistas, que apontavam recuo de 1%. Na comparação anual, a expectativa era de avanço de 2,5%.
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A produção industrial em 2013 tem sido carregada por poucas atividades, o que tem limitado o crescimento. A avaliação foi feita pelo o gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo, nesta terça-feira. “Esse é um fator de preocupação dado que a maior parcela da indústria apresenta retração”, disse.
A pesquisa mostrou que apenas 12 dos 27 ramos industriais cresceram no acumulado do ano, sendo que a alta 1,7% apurada pela indústria no período está concentrada basicamente em três segmentos: veículos automotores (14,3%), máquinas e equipamentos (9,2%) e refino de petróleo (4,2%). Os dois primeiros foram ajudados por desonerações de impostos pelo governo, enquanto o refino tem ampliado a produção para diminuir a necessidade de importação do insumo.
“A queda da produção em maio foi um resultado bem negativo, especialmente pelo perfil disseminado (entre as categorias)”, disse. Entretanto, Macedo destacou que o saldo da indústria no ano é positivo, com a produção rodando em um ritmo mais elevado do que no final do ano passado.
(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)