Prévia do PIB indica crescimento de 1,05% no 1º trimestre
Segundo resultado divulgado pelo BC nessa quinta, IBC-Br subiu 0,72% em março ante fevereiro
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,72% em março, na comparação com fevereiro, fechando o primeiro trimestre em alta de 1,05%, na comparação com o último trimestre de 2012. Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira pelo BC. O resultado veio acima da expectativa de analistas consultados pela Reuters, que aguardavam alta de 0,70%.
O BC também divulgou revisão do dado de fevereiro. O BC revisou a leitura do IBC-Br de fevereiro, de queda de 0,52% divulgada anteriormente, para retração de 0,36%. Na comparação com março de 2012, o IBC-Br avançou 3,61% e acumula em 12 meses alta de 1,20%, ainda segundo o BC.
A economia brasileira vem apresentando comportamento errático neste início do ano, mostrando fragilidade e dificuldade de imprimir recuperação mais sólida.
Em março, a produção industrial brasileira havia mostrado alguma retomada, ao subir 0,7%, mas bem abaixo do esperado, após queda de 2,4% em fevereiro.
Nem mesmo o varejo brasileiro, um dos principais pilares do crescimento econômico, tem mostrado força. Em março, as vendas recuaram 0,1% frente a fevereiro, fechando o primeiro trimestre com queda de 0,2%. O consumo das famílias vem sendo afetado pela inflação elevada, que corrói o poder de compra do consumidor, levando o BC a iniciar ciclo de aperto monetário mesmo diante do cenário econômico fraco, elevando a Selic para 7,50% ao ano.
Na pesquisa Focus do BC, a expectativa dos economistas é de que o Brasil encerre 2013 com expansão de 3% do PIB e Selic em 8,25%.
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Ao comentar o resultado do IBC-Br, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira que achou “muito bom” o resultado do primeiro trimestre. Mantega, contudo, não respondeu a outras perguntas dos jornalistas que o esperavam na portaria do Ministério da Fazenda. Apesar de mostrar recuperação entre janeiro e março, na avaliação de especialistas a economia brasileira ainda deve tropeçar ao longo do ano.
(Com agência Reuters)