Política monetária será expansionista por muito tempo, diz Yellen
A vice-presidente do Fed disse que mesmo que a inflação e a taxa de desemprego atinjam os patamares de referência do BC norte-americano, os juros não devem ser elevados imediatamente
A política monetária dos Estados Unidos provavelmente continuará expansionista por muito tempo mesmo depois que for atingido o patamar de desemprego ou inflação usado como referência para elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos). A afirmação é da vice-presidente do banco central norte-americano, Janet Yellen, em carta a uma parlamentar dos EUA.
Yellen também afirmou que o patamar de desemprego não é um gatilho para a política monetária do Fed. Com essa fala, a dirigente quis dizer que, uma vez que o patamar for atingido, o comitê de política monetária do Fed não vai necessariamente elevar a taxa de juros imediatamente.
As declarações vieram em resposta a uma questão escrita da senadora democrata de Massachusetts Elizabeth Warren, feita após a sabatina de Yellen, indicada para comandar o Fed, no Comitê Bancário do Senado na semana passada. “A política monetária deve continuar altamente expansionista muito depois dos patamares econômicos para a taxa de juros serem atingidos”, disse ela em resposta escrita. Warren perguntou em sua carta se seria útil reduzir a meta para a taxa de desemprego do Fed.
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Yellen, indicada pelo presidente Barack Obama para substituir o atual chairman do Fed, Ben Bernanke, ao fim do mandato em 31 de janeiro, será a primeira mulher a presidir o banco central norte-americano. Espera-se que ela seja confirmada com relativa tranquilidade pelo Senado.
Política monetária – O Fed tem prometido manter as taxas de juros quase zeradas até que a taxa de desemprego dos EUA caia a 6,5%, contanto que a perspectiva para a inflação continue abaixo de 2,5%. A taxa de desemprego estava em outubro a 7,3%.
As respostas de Yellen seguem o tom de declarações recentes de Bernanke e do comunicado de outubro divulgado após o Fed decidir manter o ritmo de compra de títulos em 85 bilhões de dólares mensais.
(com agência Reuters)