Plano de Educação vai quebrar o estado, diz Mantega
Segundo ministro, PNE pode impedir o cumprimento da meta fiscal para 2012
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta quarta-feira medidas avaliadas pelo Congresso que podem onerar o caixa do governo, sob o risco de impedir o alcance das metas fiscais para 2012. Entre elas estão, segundo o ministro, o Plano Nacional de Educação, que eleva para 10% do PIB os investimentos no setor, ante 5,1% hoje e uma meta de 7,5%. “Com essa proposta, o Plano de Educação vai quebrar o Estado brasileiro”, disse Mantega.
Ele ainda criticou as propostas de reajustes para servidores públicos, principalmente do Judiciário. “Só o Judiciário tem os maiores salários (entre os servidores) do país”, afirmou o ministro, durante o Seminário Econômico Fiesp-Lide, em São Paulo.
Durante o evento, o ministro também rebateu as críticas direcionadas à equipe econômica após os últimos resultados sobre o crescimento da economia brasileira. Na última terça-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma queda de 0,9% na produção industrial de maio, na comparação com abril. O governo está sendo criticado por ter tomado medidas setoriais de curto prazo, que não surtem efeito no desempenho total da indústria.
(Com Agência Estado)