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Petroleiros em greve param 15 plataformas e ocupam MME

Trabalhadores querem impedir o leilão da bacia de Libra, do pré-sal, marcado para a próxima segunda-feira

Por Da Redação
17 out 2013, 13h48

Trabalhadores da Petrobras iniciaram na madrugada desta quinta-feira greve geral que interrompe, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a produção em plataformas, refinarias, terminais e sedes administrativas da estatal em todo o país. Segundo a FUP, cerca de 39 plataformas da Bacia de Campos, responsável por 80% da produção da Petrobras, aderiram ao movimento. A produção está parada em quinze delas, segundo os sindicalistas.

Um grupo de manifestantes também ocupa desde o início da manhã a sede do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. Eles impedem a entrada de funcionários. O ministério, segundo a Agência Brasil, entrou na Justiça com um pedido de reintegração de posse.

Os grevistas também fazem bloqueios em rodovias, como a Washington Luis, no Rio de Janeiro, que dá acesso à Refinaria Duque de Caxias (Reduc). De acordo o diretor da FUP, Leopoldino José de Oliveira, a adesão ao movimento é de 100% na refinaria.

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Segundo o sindicato, as plataformas onde os trabalhadores estão em greve estão sendo operadas por equipes de contingência da estatal, formada por gerentes e supervisores sem experiência operacional, “o que coloca em risco a segurança das equipes e das próprias unidades”, diz um comunicado encaminhado à imprensa. Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou sobre o assunto.

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Histórico – O movimento teve início no primeiro minuto desta quinta, durante a troca de turno nas plataformas e refinarias, e deve continuar até a próxima segunda-feira, dia 21, quando será realizado, no Rio, o primeiro leilão de uma área de pré-sal no país.A principal reivindicação dos grevistas é a suspensão do leilão de uma área que é considerada uma dos maiores reservas de petróleo do mundo. “Estamos estudando a realização de um grande ato, na segunda-feira, contra o leilão”, afirma Leopoldino José de Oliveira.

Estão previstas manifestações em todo o país ao longo do dia. No Rio, às 17h, os petroleiros fazem uma passeata pelo centro. Os trabalhadores também reivindicam reajuste salarial de 12,5%, e a retirada da tramitação do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização nas empresas.

“A Petrobras apresentou uma proposta de reajuste que foi rejeitada em assembleia pelos trabalhadores. Se a empresa não apresentar nova proposta, o movimento pode continuar mesmo depois do dia 21”, completou Oliveira.

Além da Reduc, o sindicato contabiliza paralisações em Manaus (Reman/AM), Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP), Mataripe (Rlam/BA), Gabriel Passos (Regap/MG), Paraná (Repar), Alberto Pasqualine (Refap/RS), Abreu e Lima (PE), além da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN (fábrica de fertilizantes/BA), Termorio (Duque de Caxias), usinas de Biodiesel e termoelétricas e campos terrestres de produção de petróleo na Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. Há mobilização também em terminais da Transpetro no Amazonas, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

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Leilão está confirmado – O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) Helder Queiroz, minimizou o impacto dos protestos de petroleiros. Queiroz disse que as manifestações são “um movimento legítimo da sociedade”, feito de forma democrática”.

O diretor disse que foi do governo a decisão de destacar o Exército para garantir a segurança do leilão. Queiroz lembrou que o país passa por um ambiente agitado por causa dos protestos de rua, dando ênfase aos protestos no Rio de Janeiro.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que, atualmente, o campo de Libra é o maior campo descoberto no mundo. Questionado sobre se algo poderia adiar o calendário, Lobão disse que o leilão “está posto” para a próxima segunda-feira “e será realizado”.

(com Estadão Conteúdo)

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