Petrobras adia novamente divulgação do balanço do 3º tri
Estatal atribuiu decisão aos efeitos da Operação Lava Jato. Mesmo assim, informou uma alta de 35% no endividamento líquido no acumulado do ano
(Atualizado às 22h20)
A Petrobras adiou mais uma vez a divulgação de seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano. Em fato relevante enviado ao mercado, a estatal atribuiu a decisão aos novos fatos lançados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), ocorridos após o dia 13 de novembro. Agora, os números devem ser anunciados até o dia 31 de janeiro de 2015. A previsão inicial para a divulgação era dia 14 de novembro, o que não ocorreu devido à falta de aval da auditoria Pricewaterhouse (PwC). Na ocasião, a Petrobras informou que pretendia divulgar os resultados financeiros até dia 12 de dezembro.
Entre os fatores que levaram ao adiamento do balanço não auditado é o recebimento pela Petrobras, em 21 de novembro, de uma intimação da Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA) requerendo documentos relativos a uma investigação sobre a companhia e o ajuizamento pelo Ministério Público Federal (MPF), no dia 11 de dezembro, de ações criminais contra diversas pessoas, dentre as quais o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
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Apesar de não ter anunciado números contábeis, como o lucro líquido, a empresa anunciou alguns dados do terceiro trimestre que considera que não foram afetadas pelos potenciais ajustes da Lava Jato. Entre os números, está um endividamento líquido 261 bilhões de reais no acumulado do ano até setembro – alta de 35% sobre os 192 bilhões de reais registrados no mesmo período de 2013.
Em relação à receita, o resultado foi de 88 bilhões de reais no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 7% sobre os 82 bilhões de reais reportados no segundo trimestre. Entre janeiro e setembro, as vendas somaram 252 bilhões de reais, avanço de 13% sobre os 223 bilhões de reais verificados no mesmo período de 2013.
Nesta sexta-feira, reportagem do jornal Valor Econômico revelou que a gerente Venina Velosa da Fonseca alertou diretores da gestão de José Sérgio Gabrielli e Graça Foster sobre irregularidades em contratos firmados pela estatal com prestadoras de serviço.