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Pesquisa mostra disputa apertada em referendo da Grécia

Sondagem do instituto Alco para o jornal 'Ethnos' mostra o 'sim', daqueles que concordam com medidas de austeridade, com 44,8%, contra 43,4% para o 'não'

Por Da Redação
3 jul 2015, 10h33

A dois dias do referendo popular que pode determinar o futuro da Grécia na zona do euro, o cenário é de empate técnico. Pesquisa do instituto Alco para o jornal grego Ethnos coloca o “sim”, daqueles que apoiam as reformas impostas por credores, com 44,8% contra 43,4% para o “não”, defendido pelo governo. A ligeira vantagem do “sim” está dentro margem de erro, de 3,1 pontos porcentuais. Do total de entrevistados, 11,8% disseram que ainda estão indecisos. A pesquisa também mostrou que 74% dos gregos querem permanecer na zona do euro, enquanto apenas 15% querem retornar a uma moeda nacional, com 11% de indecisos.

Com os bancos fechados durante toda a semana, os saques em caixas automáticos racionados e o comércio travado, a votação pode decidir se a Grécia receberá outro resgate financeiro em troca de mais medidas duras de austeridade ou se mergulha ainda mais fundo em uma crise econômica. Também pode determinar se o país se torna o primeiro a deixar o bloco europeu de moeda única formado por dezenove nações.

O primeiro-ministro, Alexis Tsipras, tem pedido aos gregos que rejeitem os termos “humilhantes” oferecidos na semana passada por credores internacionais em um acordo que não está mais sobre a mesa, e acusou credores de “chantagem” ao segurarem o crédito. Conforme o descontentamento aumentava em longas filas para aposentadorias e em caixas automáticos, Tsipras prometeu que os bancos vão reabrir assim que o governo conseguir um novo empréstimo com seus parceiros da zona do euro.

Embora tenha havido pouco tempo para campanhas, os defensores do “não” têm direcionado a maior parte de sua revolta para a Alemanha, maior potência da zona do euro e maior credor da Grécia. Um pôster no centro da Grécia mostra uma imagem do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, com o slogan: “Há cinco anos ele vem sugando seu sangue. Agora diga não a ele”.

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O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou nesta sexta-feira que uma vitória do “não” no referendo deste domingo deixará o governo de Atenas em posição desfavorável para negociar. “Se os gregos votarem ‘não’, a posição da Grécia será consideravelmente frágil”, disse Juncker em uma entrevista coletiva em Luxemburgo

O Conselho de Estado, mais alta corte administrativa da Grécia, vai decidir sobre a constitucionalidade do referendo em uma audiência nesta sexta-feira. O Conselho da Europa, uma entidade de direitos humanos e democracia pan-europeia, tem dito que a votação, convocada às pressas, não atende aos padrões mínimos da entidade.

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Grécia dá calote no FMI. E agora?

Calote – O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) declarou oficialmente, nesta sexta-feira, a Grécia em situação de default (calote), por não ter realizado o pagamento de 1,6 bilhão de euros ante o FMI, mas sem consequências financeiras imediatas. Essa falta de pagamento, que venceu na terça-feira.

(Com agência Reuters)

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