Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA atingem menor nível em 7 anos
Indicador recuou para 297 mil na última semana, em mais um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano está ganhando força
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos recuaram em 24 mil na semana passada, para 297 mil, segundo dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira. Trata-se da menor leitura desde maio de 2007 (período pré-recessão), em mais um sinal de que o mercado de trabalho norte-americano está se fortalecendo.
Economistas consultados pela Reuters projetavam uma queda para 320 mil no número de pedidos na semana encerrada em 10 de maio. Já a leitura da semana encerrada em 3 de maio foi revisada para mostrar 2 mil solicitações a mais, ante os dados divulgados anteriormente.
O cenário foi melhorado ainda mais por outros dados divulgados nesta quinta-feira, que mostraram que a atividade industrial no Estado de Nova York subiu em seu ritmo mais rápido em quase quatro anos em maio, embora a produção industrial geral dos Estados Unidos tenha caído em abril. “Isso passa a mensagem de uma atividade econômica sólida”, disse Anthony Karydakis, chefe de estratégia econômica da Miller Tabak em Nova York, falando antes dos dados sobre a produção industrial serem divulgados.
Leia também:
Desemprego nos EUA é o menor em mais de cinco anos
Setor privado dos EUA cria 220 mil empregos em abril
PIB americano desacelera e sobe 0,1% no 1º trimestre
Inflação – Em um segundo relatório, o departamento disse que o Índice de Preços ao Consumidor dos EUA subiu 0,3% no mês passado, uma vez que preços de alimentos subiram pelo quarto mês consecutivo e o preço da gasolina teve um salto. Esse foi o maior aumento desde junho do ano passado.
A combinação de um mercado de trabalho se fortalecendo e um avanço das pressões inflacionárias deve servir de conforto ao Federal Reserve, Fed, o banco central dos EUA, ao diminuir o ritmo de seus estímulos monetários. Isso, porém, não alterou muito as expectativas de que o Fed aguardará até pelo menos a metade do ano que vem antes de elevar os juros, que estão próximos de zero. Desde que deu início ao programa de relaxamento quantitativo (quantative easing) o BC americano espera melhora dos dados do mercado de trabalho e aumento da inflação para pôr fim ao programa e subir as taxas de juros.
Indústria – Em outro relatório, o Fed disse que a produção industrial em geral caiu 0,6% no mês passado, após ganho revisado para cima de 0,9% em março. Esta foi a maior queda desde agosto de 2012.
Já o índice “Empire State” do Fed de Nova York, que mede a atividade industrial no Estado de Nova York, saltou para 19,01 neste mês, a leitura mais forte desde junho de 2010, uma vez que novos pedidos dispararam. O índice tinha ficado em 1,29 em abril.
(com agência Reuters)