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Paulo Roberto Costa recebeu US$ 23 mi para facilitar contratos de Petrobras com empreiteira

Segundo jornal 'O Globo', ex-diretor de Abastecimento da estatal confessou o esquema dentro do acordo de delação premiada com a Polícia Federal

Por Da Redação
26 set 2014, 11h58

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, revelou à Polícia Federal que recebeu 23 milhões de dólares (55,2 milhões de reais) de uma empreiteira para facilitar contratos dela com a estatal. A informação, divulgada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira, é apenas um das que constam nas 68 páginas de depoimentos no âmbito da delação premiada que Costa fez com a Polícia Federal. Paulo Roberto é um dos investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Ele já contou também quem estava envolvido em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro na estatal, como revelou reportagem de VEJA.

Ao contar sobre sua participação no caso, Costa revelou um detalhe que chamou a atenção da Polícia: ele recebeu os 23 milhões de dólares sem a ajuda do doleiro Alberto Youssef, tradicional participante dos esquemas de corrupção da estatal, como já foi revelado pela Operação Lava Jato. Esta teria sido uma comissão “por fora”. Era praxe que Costa negociasse os contratos e Youssef fizesse a movimentação financeira.

Ainda segundo a publicação, o ex-diretor confessou ter recebido outros 1,5 milhão de dólares (3,6 milhões de reais) para “não atrapalhar” a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, negócio que acarretou prejuízo milionário à Petrobras.

Os 23 milhões de dólares estão bloqueados em 12 contas bancárias na Suíça e, provavelmente, serão repatriados. Já a comissão de 1,5 milhão de dólares foi paga por um intermediário de um dos grupos envolvidos na compra – o nome está sob sigilo.

Paulo Roberto Costa foi diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras entre 2004 e 2012, ano em que foi demitido pela atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster.

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O Globo também mostrou nesta sexta que a presidente Dilma Rousseff foi informada em 2009 sobre “indícios de irregularidades graves” nas obras da refinaria Abreu e Lima, obra superfaturada da Petrobras. A presidente chegou a pedir para a Controladoria Geral da União (CGU) apurar o caso, mas o processo acabou arquivado em janeiro de 2014, sem punições.

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Envolvidos – Reportagem de VEJA do início do mês revelou que Paulo Roberto acusou, em depoimentos à Polícia Federal, uma verdadeira constelação de participantes do esquema de corrupção. Entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer governo.

Nesta semana, o doleiro envolvido na Operação Lava Jato, Alberto Youssef, aceitou também acordo de delação premiada, se comprometendo a entregar tudo o que sabe sobre a engrenagem bilionária que envolvia desvio de recursos públicos, inclusive da Petrobras, e lavagem de dinheiro.

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