Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Para revista Time, estratégia de marketing de Neymar foi ‘brilhante’

Segundo a publicação, a FIFA deveria se inspirar na ação de Neymar para tentar combater o racismo no futebol

Por Da Redação
30 abr 2014, 19h40

A campanha antirracismo iniciada pelo jogador Neymar nas redes sociais sob a marcação #somostodosmacacos no último domingo tem suscitado opiniões conflitantes. Logo após seu colega do Barcelona, Daniel Alves, comer uma banana que havia sido atirada no campo por um torcedor na intenção de comparar o jogador a um macaco, Neymar deu início a uma campanha no Instagram e no Twitter para descaracterizar a atitude preconceituosa. Soube-se, no dia seguinte, que o movimento havia sido pensado semanas antes, com o auxílio da agência de propaganda Loducca. Com isso, a opinião pública se dividiu e muitos se frustraram pelo fato de o movimento não ter uma origem espontânea – e sim ter sido orquestrado por profissionais. Mas, oportunista ou não, para a revista americana Time, a mais influente do mundo, a estratégia de Neymar e de sua equipe de marqueteiros foi “brilhante”.

Segundo a Time, Neymar e Daniel Alves “são garotos-propaganda perfeitos para uma campanha antirracismo” pelo fato de ambos terem projeção internacional e milhares de seguidores em redes sociais. A revista ainda aproveita para lançar uma crítica à FIFA, cuja atuação para reduzir o racismo no futebol não tem surtido resultados – sobretudo pelo fato de não haver punição para investidas preconceituosas no estádio, como foi o caso do torcedor que jogou a banana. “Marquem isso como uma lição para a FIFA, o órgão poderoso do futebol, que vem enfrentado dificuldades para encontrar formas de extinguir gritos racistas e abusos por parte de seus fãs ao redor do mundo. Fazer outra campanha inteligente executada pelos próprios jogadores e direcionada aos fãs mais novos pode render frutos similares”, diz a reportagem.

Ao site de VEJA, o publicitário Guga Ketzer, da Loducca, afirmou que a ação foi preparada duas semanas antes, depois que Neymar e Daniel Alves foram alvo de outra investida racista durante o jogo do Barça contra o Espanyol. Segundo o publicitário, Neymar havia planejado comer a banana em campo quando surgisse a oportunidade – e então lançar a campanha. Questionado se o lateral baiano havia atropelado a estratégia de Neymar, Ketzer negou. “De forma alguma. O conjunto de ele comendo uma banana e o Neymar se manifestando, criando um movimento, fez a discussão atingir um patamar absurdo, com repercussão até mesmo na Presidência da República. As pessoas espontaneamente se envolveram e isso é o que importa”, disse. Contudo, segundo reportagem do site da PLACAR, do grupo Abril, que edita VEJA, Neymar e Daniel Alves já haviam conversado semanas antes sobre as atitudes racistas de alguns torcedores – e o atacante havia confessado que, se visse a banana sendo arremessada ao campo, a comeria.

Nesta quarta-feira, a agência Loducca enviou um comunicado à imprensa rechaçando críticas de que #somostodosmacacos também é um manifesto racista, justamente por manter a ideia da comparação entre negros e macacos. “Colocado como foi, ironicamente, na situação (logo após a maravilhosa atitude do Daniel Alves), a hashtag, mais a imagem de Neymar com seu filho, não chama os negros de macacos”, informou a agência.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.