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Para operadoras, ação da Anatel prejudica a população

Associação do setor se diz surpresa com a medida de bloquear as vendas de planos de celular

Por Da Redação
18 jul 2012, 20h29

O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) declarou-se surpreso com a medida adotada nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de proibir que as operadoras Oi, TIM e Claro vendam novos planos em todos os estados brasileiros e Distrito Federal, até que apresentem planos de investimentos e resolvam as demandas de clientes em seus call centers em até 30 dias. Para o sindicato, a decisão prejudica a população e não elimina os problemas existentes.

“O setor afirma que a suspensão das vendas só traz prejuízos para a população e não resolve os eventuais problemas de qualidade dos sinais de telefonia móvel. A proibição da venda, além de restringir o cidadão na sua escolha de novos planos e serviços, pode afetar uma série de pequenas empresas, que têm como principal fonte de receita a venda de chips de celulares, comprometendo inclusive a oferta de postos de trabalho”, informou o sindicato em nota.

O SindiTelebrasil reclama que “a decisão foi baseada em queixas apresentadas ao call center da Anatel, que não revelam as reais condições das redes que suportam os serviços”, e que vem cobrando das autoridades mudanças que permitam uma melhor infraestrutura.

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O sindicato cita o caso de Porto Alegre como um exemplo das 250 diferentes leis municipais que “limitam” e “atrasam” a expansão dos serviços. “Só em Porto Alegre existem quase 100 pedidos para a instalação de antenas aguardando aprovação. Alguns desses pedidos foram apresentados há pelo menos quatro anos”, declarou o sindicato. Desde a última segunda-feira, por causa do grande número de reclamações pela dificuldade de sinal, o Procon gaúcho proibiu as operadoras de vender novas habilitações de telefones móveis pré e pós pagos em Porto Alegre, além de serviços de internet móvel na capital gaúcha.

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Segundo o analista Alex Pardellas, do Banif, a medida do governo prejudicará, sobretudo, a TIM. “Além de ter sua venda proibida em 19 estados, a empresa só atua no segmento de telefonia móvel. A situação é diferente para Oi e Claro, que atuam nos segmentos de banda larga fixa, telefonia fixa, TV paga e prestam serviços para empresas”, diz.

Operadoras se defendem – Em nota, a TIM garante que adotará todas as medidas necessárias para restabelecer o quanto antes a normalidade de suas atividades. A empresa ainda afirmou estar “surpresa” com a medida “tão extrema” adotada pela Anatel. “A TIM reafirma que está desenvolvendo um conjunto de projetos de infraestrutura para seguir suportando o seu crescimento e capturando as oportunidades que o mercado brasileiro oferece”, afirmou o comunicado.

Segundo a empresa, o maior esforço feito no primeiro semestre deste ano foi a integração da rede móvel com a rede de fibra ótica da TIM Fiber, para expandir a capacidade. Em 2013, a TIM projeta que 80% das maiores cidades brasileiras estejam conectadas via fibra ótica. “Esse investimento melhorará a qualidade de transmissão de voz e dados de forma significativa”, destacou a empresa.

A operadora reafirmou que nos últimos quatro anos investiu cerca de 3 bilhões de reais anualmente na melhoria da capacidade e expansão de rede.

Já a Oi criticou a Anatel, afirmando que o parâmetro que resultou na suspensão das vendas dos serviços da operadora “não reflete os investimentos maciços realizados em melhorias de rede”. “O entendimento da Oi é que a análise está defasada em relação à evolução recente percebida na prestação dos serviços. Os dados não consideram o esforço e a concentração de investimentos realizados nos últimos 12 meses”, afirmou a companhia em nota à imprensa.

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Na comunicado, a operadora diz que investirá no país 6 bilhões de reais em 2012, cifra superior aos 4,959 bilhões de reais de 2011. A empresa reafirma o plano estratégico de investir 24 bilhões de reais entre 2012 a 2015.

Segundo a Claro, ações de melhorias feitas ao longo do ano “já apresentaram resultados nos indicadores da Anatel do mês de junho”. A operadora também se disse surpresa com a decisão da Anatel. “A operadora faz fortes investimentos em rede no Brasil, sendo 3,5 bilhões de reais apenas em 2012, como resultado a Claro apresenta um dos melhores indicadores de rede medidos pela própria Anatel”, mencionou o comunicado.

A empresa informou ainda que apresentará prontamente à Anatel o seu plano de investimentos, que “busca manter a constante excelência do serviço”.

(Com Agência Estado)

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