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Para cortar gastos, Petrobras considera reduzir jornada e salários

Em proposta de acordo coletivo, empresa abre espaço para que funcionários da área administrativa trabalhem 30 horas semanais, em vez de 40 horas

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h25 - Publicado em 11 set 2015, 09h33

A Petrobras considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus empregados concursados. É o que mostra uma proposta de acordo coletivo defendida pela direção da estatal para o período de 2015 a 2017, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo. No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40 horas. A adesão seria voluntária, mas acarretaria um corte de 25% nos ganhos mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro. Para sair do papel, o acordo coletivo, divulgado quinta-feira na intranet da empresa, ainda depende de negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Além de propor redução salarial e das horas trabalhadas nos escritórios, a petroleira quer impor que, nas unidades operacionais, como em plataformas e refinarias, a carga de trabalho passe de dez para oito horas diárias. Isso valeria para as áreas que operam em sistema de turnos, sem interrupção. Para esse grupo de funcionários, a Petrobras não dá liberdade de escolha, como nos escritórios. A redução seria imposta para todos os empregados.

No fim do mês passado, em 26 de agosto, a nova direção, comandada por Aldemir Bendine, que assumiu o controle da empresa com a missão de reestruturar o caixa, já havia anunciado que promoveria um corte de “gastos operacionais gerenciáveis”. Até 2019, devem ser cortados benefícios que somam 12 bilhões de dólares. Na prática, a petroleira suspenderá direitos até então garantidos aos seus trabalhadores – 80,9 mil funcionários próprios e cerca de 200 mil terceirizados.

Em resposta, a Petrobras informou que “está aberta ao diálogo para as negociações sobre o acordo”. Para o representante dos funcionários no conselho de administração da estatal, Deyvid Bacelar, a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso na companhia. “Isso é gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta ascender um fósforo.”

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Bancos públicos e privados também são rebaixados por S&P

Rebaixamento – Nesta quinta-feira, a agência de classificação de risco Standard and Poor’s (S&P) tirou o selo de boa pagadora da Petrobras, ao rebaixar o rating da empresa em moeda estrangeira em dois degraus, de “BBB-” para “BB”. Em fevereiro, a Moody’s já havia tirado o selo de bom pagador da Petrobras por causa das investigações do petrolão, que na época atrasavam a divulgação do balanço anual da companhia.

Com o possível rebaixamento de uma segunda agência, muitos fundos de pensão se veem obrigados a vender papéis de dívida da empresa, o que pode levar a uma desvalorização dos seus ativos, além de limitar o número de investidores autorizados por lei a comprá-los.

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(Com Estadão Conteúdo)

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