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PAC não consegue reverter déficit de infraestrutura, diz EPL

Para o órgão, importância do setor público aumentou mesmo com as dificuldades; governo agora pensa em trem-bala ligando São Paulo a Curitiba, Brasília e Belo Horizonte

Por Da Redação
26 nov 2012, 15h57

A execução dos investimentos anuais previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não seria suficiente para reverter o déficit de infraestrutura do país, admitiu o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo, nesta segunda-feira. Segundo ele, apesar das críticas quanto à baixa taxa de execução do PAC, ele foi fundamental para mudar o patamar de investimentos públicos no setor de transportes de 1 bilhão de reais para 20 bilhões de reais por ano.

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“Mesmo que a gente executasse 100% do PAC não seria suficiente para recuperar o déficit de infraestrutura no país”, afirmou. Na avaliação dele, o Programa desencadeou um processo que revelou as fragilidades do setor público na execução de investimentos, com falta de projetos executivos, licenciamento ambiental e até pessoal técnico na Valec e no DNIT. Figueiredo afirmou que a EPL tem justamente a missão de propor estudos e fazer a avaliação da infraestrutura para eliminar déficits de forma permanente. “Essa ação tem de ser continua”, destacou.

Ambição – A despeito das dificuldades de investimento, o governo tem planos ambiciosos para o país. O Palácio do Planalto voltou a estudar, inclusive, a construção de outros trechos do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando São Paulo a Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. “Com a EPL vamos retomar e fazer o estudo de viabilidade das outras ligações”, disse Figueiredo, que participou de palestra na Câmara de Comércio Americana (Amcham), no Rio de Janeiro.

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Esses trechos já estavam previstos no lançamento do PAC, mas seu planejamento não teve andamento. De acordo com o executivo, ainda não há nenhuma estimativa dos custos desse projeto. Figueiredo estimou que o valor da tarifa média para viagens no trem-bala fique entre 150 reais e 200 reais – abaixo da tarifa máxima prevista a preços de hoje pelo governo, de 250 reais.

O edital para a primeira fase de licitação do TAV, para o trecho que interligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, deveria ter sido publicada na semana passada. Contudo, na úlima sexta-feira, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) esclareceu, por meio de nota, que a publicação do edital depende da aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) – o que, segundo o órgão regulador, deve ocorrer nos próximos dias.

Nesta segunda-feira, a ANTT publicou no Diário Oficial da União (DOU) deliberação que aprova o relatório final da audiência pública realizada entre agosto e setembro deste ano, com o objetivo de obter subsídios para o aprimoramento das minutas do Edital de Concessão e do Contrato de concessão, relativas ao processo de exploração do serviço público do TAV no referido trecho.

Pacote dos portos – O presidente EPL afirmou, por fim, que espera que o governo chegue até o final desta semana a um formato para o plano de desenvolvimento dos portos. “A ideia é lançar (o pacote) ainda neste ano, mas quem marca a data não sou eu”, declarou.

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Indagado sobre os motivos para a demora na modelagem do programa portuário, ele afirmou que, assim como nas rodovias e ferrovias, é preciso ter o cuidado de resolver questões estruturais e evitar problemas futuros. “A gente quer não só viabilizar a realização de investimentos que resolvam a capacidade de movimentação portuária nos próximos dez a vinte anos, como também criar um ambiente que faça isso oferecendo preços competitivos para quem usa (o serviço)”, afirmou.

De acordo com Figueiredo, o programa vai se valer de todos os instrumentos para destravar investimentos em instalações portuárias, da repactuação de contratos até a construção de terminais fora das áreas de portos organizados. Segundo ele, o governo está “olhando o conjunto”, o que engloba intensificar a dragagem dos portos, construir e ampliar terminais e até novas licitações.

“Estamos usando toda a cesta de possibilidades disponível”, disse. No caso das companhias Docas, o objetivo será melhorar a gestão, sem “nenhuma estripulia”, para que elas sejam um elemento de aumento e não perda de eficiência.

(com Estadão Conteúdo)

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