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Organizadores tentam evitar que Black Friday vire mico

Busca Descontos, idealizador do evento no Brasil, firmou parcerias para tentar tirar do evento a fama de propaganda enganosa

Por Naiara Infante Bertão
28 nov 2013, 06h05

A Black Friday – data tradicional do varejo americano que marca o início das compras de Natal – chega à quarta edição no Brasil, mas sem muitos feitos a comemorar. Os sérios problemas que as varejistas apresentaram em logística e tecnologia na hora das compras on-line nos anos anteriores assustaram o consumidor. Para órgãos como o Procon, não há mais desculpas para falhas primárias. Para os consumidores, está em jogo a confiança na campanha que engloba, sobretudo, o e-commerce nacional. Para os organizadores do evento, os fundadores do site Busca Descontos, se a campanha não funcionar corretamente, há poucas razões para lançar uma nova edição no ano que vem.

As vendas promocionais com até 80% de desconto que caracterizam a data começarão à meia noite desta sexta-feira. Para evitar que sua empresa tenha a credibilidade abalada, caso a operação da Black Friday volte a decepcionar, o empresário Pedro Eugênio, presidente do Busca Descontos, se muniu de todas as armas possíveis para isentar os organizadores de possíveis percalços e aumentar os canais para que os consumidores reclamem das varejistas.

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Primeiramente, o Busca Descontos organizou, em julho, o Black Friday Summit, evento para esclarecer dúvidas e apontar deficiências das companhias participantes. O próprio Eugênio também se reuniu separadamente com algumas empresas interessadas em participar da campanha. O tom das conversas e da apresentação foi um tanto alarmante. Eugênio chegou a dizer, em palestra, que se as varejistas não se “comportarem”, no sentido de prover infraestrutura suficiente para não deixar consumidores insatisfeitos, este poderia ser o último ano do Black Friday no país.

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Questionado pelo site de VEJA, Eugênio negou a possibilidade de fim do evento. Explicou que usou esse argumento para chamar a atenção das empresas para a seriedade do assunto. “Se a gente não mudar esse ‘jeitinho brasileiro’, o evento acaba morrendo porque a credibilidade acaba”, provoca. Por “jeitinho brasileiro”, o empresário se refere à maquiagem de preços feita ano passado por algumas varejistas, além do baixo investimento em suporte, tecnologia e ferramentas de comunicação com o consumidor para um dia que já é o maior em volume de vendas no ano.

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Parcerias – As fraudes e falhas no sistema de compra renderam às varejistas multas e muita dor de cabeça aos brasileiros. Para trazer mais confiança e também se isentar de qualquer culpa pelos erros futuros, o Busca Descontos assinou três parcerias este ano: uma com o Instituto Sieve, outra com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e uma terceira com o site Reclame Aqui.

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Na primeira, foi acordado que o instituto, especializado em inteligência de precificação no comércio eletrônico, vai verificar a veracidade das ofertas do site oficial do Black Friday. Isso será feito por meio de um software alimentado com informações de média de preços de inúmeros produtos nos últimos meses. Assim, mercadorias com o preço maquiado (desconto menor do que o anunciado), serão bloqueadas e não entrarão no site. Vale lembrar, porém, que cada loja participante só pode anunciar até cinquenta produtos no site oficial do evento (www.blackfriday.com.br) e apenas as ofertas que estiverem neste domínio serão escaneadas pelo Sieve.

Como as varejistas poderão colocar quantas promoções quiserem em seus canais de comércio eletrônico, Pedro Eugênio, sugeriu que elas usem um selo específico da campanha para diferenciar as promoções da Black Friday.

A segunda parceria, com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, resultou em um Código de Ética para a Black Friday. As lojas que aderirem ao documento devem se comprometer a anunciar ofertas reais e, caso não cumpram o acordo, sofrerão punições que vão desde advertência, sugestão de mudança de conduta, suspensão na próxima Black Friday e até exclusão da varejista da campanha. Um conselho curador será responsável por avaliar as irregularidades.

Por fim, o terceiro acordo foi feito com o site Reclame Aqui, que terá um canal exclusivo para o usuário que quiser fazer denúncias ou reclamações sobre as ofertas.

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