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OCDE: Brasil vai crescer menos que emergentes e desenvolvidos

Órgão cortou previsão de crescimento econômico de 1,8% para 0,3% num intervalo de apenas quatro meses

Por Da Redação
15 set 2014, 09h13

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou drasticamente a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014. Atualização do cenário macroeconômico global divulgado na manhã desta segunda-feira mostra que a nova expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano é de apenas 0,3%. Há apenas quatro meses, em maio, a entidade esperava expansão de 1,8% da economia brasileira.

O relatório da OCDE revela que o Brasil deverá ter desempenho econômico muito diferente dos países emergentes. Em 2014, enquanto o PIB brasileiro deve ficar apresentar ligeira expansão, é esperado crescimento de 7,4% para a China e de 5,7% para a Índia.

O levantamento aponta ainda mais uma contradição ao discurso da presidente-candidata Dilma Rousseff, que vem sustentando que o baixo crescimento econômico do Brasil se deve à crise internacional que atingiu os países desenvolvidos. Segundo a OCDE, até mesmo grandes economias desenvolvidas deverão ter ritmo de crescimento superior ao brasileiro: Reino Unido crescerá 3,1%, Canadá terá expansão de 2,3%, Estados Unidos terão avanço de 2,1% e Alemanha, 1,5%, prevê a entidade. O Brasil crescerá menos até que a combalida zona do euro, que deve ter expansão de 0,8% este ano.

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A redução de 1,5 ponto porcentual na previsão para o crescimento brasileiro foi o maior corte feito pela entidade que atualizou as perspectivas das 11 maiores economias do mundo no relatório divulgado na manhã desta segunda. Com a diminuição do ritmo de crescimento, o Brasil deve terminar o ano com desempenho econômico melhor apenas que a Itália, país que deve ter contração de 0,4% este ano, prevê a entidade.

É válido lembrar que a OCDE reúne cerca de 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização. Para 2015, as estimativas da OCDE para o Brasil também pioraram. A previsão para o crescimento da economia brasileira diminuiu de 2,2% para 1,4%.

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Em 2015, a diferença para os emergentes diminuirá um pouco, mas seguirá relevante. Enquanto o Brasil deve crescer 1,4%, é esperado avanço de 7,3% para a China e 5,9% para a Índia. Entre as grandes economias centrais, EUA devem ter crescimento de 3,1%, Reino Unido avançará 2,8% e Alemanha, 1,5% no próximo ano, prevê a OCDE. Em conjunto, a zona do euro deve acelerar para 1,1%, estima a entidade.

Investimentos – A queda do investimento foi destacada negativamente pela OCDE como um problema da economia brasileira. O relatório destaca que queda do investimento exerceu papel importante na piora da economia. “O investimento tem sido particularmente fraco e minado pela incerteza sobre a direção das políticas após as eleições e a necessidade de uma política monetária que contenha a inflação acima da meta”, diz o texto.

A aceleração econômica em 2015 deverá ser apenas moderada em um ritmo muito aquém do observado em grandes economias emergentes e até mesmo em países desenvolvidos. “É esperada recuperação moderada uma vez que os fatores (investimento e juro) tendem a descontrair, mas o crescimento deverá seguir abaixo do potencial em 2015”, diz a Organização.

(Com Estadão Conteúdo)

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