Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Obama rejeita proposta de republicanos sobre teto da dívida

Plano foi negado pela Casa Branca porque não prevê liberação de recursos para pagar os 800 mil funcionários do governo que foram dispensados

Por Da Redação
10 out 2013, 19h43

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou o plano proposto pelo Partido Republicano que poderia adiar um possível calote da dívida do país. Segundo o The New York Times, o presidente não concordou com o projeto porque ele não prevê a liberação de recursos para colocar fim à paralisação dos órgãos públicos do país. “Após discutir os possíveis caminhos a seguir, nenhuma determinação específica foi feita”, informou um comunicado da Casa Branca. “O presidente espera ter contínuo progresso com membros de ambos os lados”.

Vinte membros do Partido Republicano, liderados pelo líder da legenda na Câmara dos Representantes, John Boehner, foram à Casa Branca nesta quinta-feira para apresentar um novo plano orçamentário que previa o aumento do teto da dívida do país, atualmente em 16,7 trilhões de dólares, mas apenas no curto prazo. O plano não detalhava como criar mecanismos para permitir o aumento do endividamento público sem ter de obter aval do Congresso anualmente.

Os republicanos deixaram a Casa Branca após uma hora e meia de reunião e afirmaram que as negociações com Obama sobre o teto da dívida continuam abertas.

Leia também:

Sem aumento do teto da dívida americana haverá dano mundial, diz FMI

Questão de tempo – O aumento temporário do teto da dívida serviria que o governo ganhasse tempo nas negociações sobre medidas orçamentárias mais amplas. Ainda não está definido por quanto tempo seria permitida essa elevação, mas um acordo entre republicanos e democratas neste sentido iria, no mínimo, evitar um possível calote em 17 de outubro, quando o governo não será mais capaz de tomar empréstimos e também quando vencem obrigações bilionárias.

Obama já havia se mostrado disposto a aceitar uma elevação do teto da dívida por tempo limitado, desde que não fossem feitas exigências especiais. Ele iniciou na quarta-feira uma rodada de reuniões com líderes no Congresso em busca de uma solução para a crise orçamentária.

Continua após a publicidade

Leia também:

Maioria dos membros do Fed quer fim dos estímulos em 2013

Longe de solução, EUA já sentem reflexos da paralisação federal

Votação – O líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, disse também nesta quinta que a Casa votará no sábado o projeto democrata para suspender o teto da dívida até o fim de 2014.

Em discurso no plenário, Reid disse que é fundamental que o Congresso reabra o governo federal e eleve o teto da dívida antes de iniciar conversas fiscais mais amplas. Segundo ele, quando essas duas coisas estiverem resolvidas, “vamos conversar com os republicanos sobre qualquer coisa”.

Reid criticou o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, por buscar negociações com o presidente Barack Obama e depois enviar somente 18 republicanos para uma reunião na Casa Branca. “A principal conversa é a que eles não querem”, afirmou.

Continua após a publicidade

Discursando após Reid, o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, chamou o projeto da Casa para elevar o teto da dívida de “cheque em branco que daria a Washington passe livre para tomar um trilhão emprestado”.

Leia ainda:

É impossível priorizar pagamentos da dívida dos EUA, diz Tesouro americano

Paralisações – As atividades da Casa Branca estão parcialmente paralisadas desde terça-feira passada, após o prazo para a votação do orçamento do novo ano fiscal ter expirado. Com a falta de acordo entre o Senado, cuja maioria é democrata, e Câmara, maioria republicana, os EUA também se aproximam de um possível calote no dia 17 de outubro, quando inúmeras obrigações estatais no valor de 78 bilhões de dólares vencem.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.