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Obama: ‘abismo fiscal’ afetará mercados

Presidente tenta pressionar congressistas, que se reúnem neste domingo, em busca de acordo acerca de redução de impostos e manutenção de gastos

Por Da Redação
30 dez 2012, 12h02

Os mercados financeiros serão afetados negativamente se os parlamentares dos Estados Unidos não conseguirem fechar um acordo sobre o “abismo fiscal” antes de terça-feira, afirmou o presidente Barack Obama em entrevista veiculada neste domingo. Obama também pediu que o Congresso atue para prorrogar cortes de impostos para a classe média norte-americana.

Os parlamentares buscam um acordo de última hora para evitar 600 bilhões de dólares em elevação tributária e redução de gastos governamentais. Se o Congresso não conseguir alcançar esse acordo, a primeira proposta a ser votada no ano que vem será a diminuição de impostos para famílias de classe média, disse Obama ao programa Meet the Press da rede de TV NBC.

“Espero que nas próximas 48 horas as pessoas reconheçam que, apesar das diferenças partidárias, a nossa prioridade é evitar que os tributos das famílias de classe média subam, o que afetaria duramente a economia”, afirmou Obama. “Nós conseguiremos fazer isso. Democratas e republicanos dizem que não querem aumento dos impostos para as famílias de classe média. Então, estamos todos de acordo. Se conseguirmos isso, tiramos uma grande parte do peso do ‘abismo fiscal’. Isso evitaria resultados piores”, acrescentou.

A redução do imposto sobre rendas menores foi colocada em prática pelo ex-presidente George W. Bush e se encerra na segunda-feira, último dia de 2012. Obama disse que, sem um acordo, os mercados financeiros serão impactados negativamente.

“Se as pessoas perceberem que em 1º de janeiro este problema não foi resolvido, que não vislumbramos a redução do déficit que podemos ter porque os republicanos não aceitaram o acordo que eu ofereci a eles… então, obviamente, isso vai ter uma reação adversa nos mercados”, acrescentou.

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Obama reuniu-se com líderes do Congresso na Casa Branca na sexta-feira. Ele disse estar cautelosamente otimista sobre as chances de um acordo, mas afirmou que não havia nada de concreto. “Estava modestamente otimista na sexta-feira, mas ainda não enxergamos um acordo. E agora a pressão para produzir está sob o Congresso”, disse.

Ocorre no Sendao dos EUA neste domingo uma sessão plenária, mas ainda não está claro se haverá um projeto de lei para os senadores apreciarem.

Os líderes da maioria no Senado, Harry Reid, e da minoria, Mitch McConnell, querem ter um acordo pronto até as 18 horas (horário de Brasília) para apresentá-lo em reuniões fechadas às bancadas republicana e democrata. Contudo, os dois senadores não firmaram até o momento a bases comuns do pacto, disse um assessor.

Ações emergenciais – Na entrevista deste domingo, Obama esboçou o que ele acreditava ser os cenários mais prováveis ​​para as negociações: ou os líderes do Congresso chegam a um acordo, ou democratas no Senado apresentarão um projeto de lei para estender cortes de impostos aos assalariados de renda média.

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“E se tudo mais falhar, se os republicanos de fato decidirem bloqueá-lo, de modo que os impostos sobre as famílias de classe média subam em 1º de janeiro, então vamos voltar com uma nova proposta ao Congresso em 4 de janeiro para cortar impostos sobre as famílias de classe média “, disse.

Resistência – Obama criticou os republicanos por resistirem a seu apelo por elevar imposto para minoria de 2% de norte-americanos que ganham os maiores salários do país, apesar de compromissos para cortar gastos e reformar programas sociais para pobres e idosos.

“Eles dizem que sua maior prioridade é ter certeza de que estamos lidando com o déficit de uma forma séria, mas a maneira como eles estão se comportando mostra que a sua única prioridade é ter certeza que as reduções de impostos para os americanos mais ricos serão protegidos. Esse parece ser seu único tema dominante, unificador”, disse Obama.

“As ofertas que eu fiz para eles tem sido tão justas que diversos democratas ficam com raiva de mim. Eu me ofereci para fazer algumas mudanças significativas para os nossos programas a fim de reduzir o déficit”, disse ele.

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(com agência Reuters)

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