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Nova ocupação paralisa obras de Belo Monte

Cerca de oitenta pessoas, entre índios e membros de movimentos sociais, ocuparam um dos canteiros da usina; consórcio retirou funcionários do local

Por Da Redação
9 out 2012, 19h56

Consórcio responsável pelas obras evacuou o local para preservar segurança de 900 trabalhadores

Uma nova ocupação feita por manifestantes contrários à construção da hidrelétrica de Belo Monte obrigou o consórcio Norte Energia, que é responsável pelo projeto, a suspender temporariamente as obras, informaram nesta terça-feira os construtores. A empresa declarou ainda que as obras foram suspensas por motivos de segurança.

O Norte Energia – que constrói e operará aquela que será a terceira maior hidrelétrica do mundo – explicou que, nesta segunda-feira, cerca de oitenta pessoas, entre índios e membros de movimentos sociais, ocuparam a ensecadeira do Sítio Pimental, um dos canteiros da usina. Na área ocupada foi construída uma pequena represa provisória para desviar as águas do rio Xingu e está localizada próxima a uma das frentes de trabalho.

Segundo a empresa, durante a ocupação, manifestantes tomaram uma ambulância, um ônibus e os postos de vigilância. Eles também mantiveram operários reféns, liberando-os horas depois. No tumulto, um motorista que trabalha para o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) ficou ferido.

O canteiro foi evacuado para preservar a segurança dos 900 trabalhadores, que foram transferidos para local seguro, informou o Norte Energia, em nota.

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A empresa disse ainda que ingressará na comarca de Altamira (PA) com ação que visa à reintegração de posse do canteiro ocupado e salienta que, até o momento não foi apresentada qualquer reivindicação ou justificativa pela invasão.

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Protesto – “Os manifestantes indígenas apoderaram-se das chaves dos caminhões e tratores e obrigaram os trabalhadores a abandonarem a pé o campo estratégico de trabalho Pimentel”, segundo um comunicado da ONG Amazon Watch, um dos grupos ambientalistas que se opõem ao projeto.

De acordo com a ONG, a ocupação foi promovida por índios e pescadores que ameaçam permanecer no lugar até que os responsáveis pela construção cumpram os compromissos assumidos. Os manifestantes alegam que o Norte Energia ignorou os compromissos de diminuição do impacto ambiental feitos em julho, quando foi estabelecido um acordo com outro grupo de manifestantes que ocupavam as obras.

Belo Monte, cujas obras também foram paralisadas em outras ocasiões por decisões judiciais, começou a ser construída em março do ano passado na cidade de Altamira, no Pará.

(com Agência Estado e EFE)

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