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‘Não é hora de extremismos na política econômica’, diz Barbosa

Em seminário em Brasília, ministro da Fazenda também afirmou que o adiamento de reformas torna inevitável a adoção de "soluções mais drásticas"

Por Da Redação
10 mar 2016, 12h27

Em meio à instabilidade política que assola o país, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que não é hora de extremismos na política econômica, mas de uma volta à normalidade. Em seminário do Tesouro Nacional, em Brasília, Barbosa afirmou que está mantida a proposta de enviar ao Congresso a reforma da Previdência até abril, destacando que qualquer proposta busca o consenso. “O adiamento do enfrentamento desses problemas vai tornar inevitável a adoção de soluções mais drásticas, o que não é bom para ninguém”, alertou.

“Temos de evitar o otimismo excessivo, pois isso leva à complacência, mas também evitar o pessimismo excessivo”, disse. “O Brasil vem sofrendo grandes volatilidades em preços de ativos e neste momento o governo não deve ser um agente de maior volatilidade, deve ser um agente de estabilização”, acrescentou.

Para o ministro, o maior desafio que o governo enfrenta é o fiscal, mas a economia vai se estabilizar no terceiro trimestre e voltar a crescer no quarto, em linha com o que já havia dito a pasta no comunicado após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015.

Barbosa admitiu que a situação é “desafiadora” e lembrou que o mercado prevê redução da atividade econômica pelo segundo ano consecutivo, o que não acontece desde a grande depressão de 1930.

Ressaltou que a situação requer medidas não usuais e tem que ser enfrentada com “realismo, urgência e serenidade”. “O governo deve ser agente de estabilização, de redução da volatilidade”, acrescentou. “Devemos ter ousadia com responsabilidade de forma consistente e duradoura”, concluiu.

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Barbosa destacou a importância de serem tomadas medidas de curto prazo para recuperar a economia, mas também de reformas mais estruturais para garantir a sustentação da economia no longo prazo.

O ministro ainda disse que o governo está buscando construir propostas de controle de gastos, incluindo a reforma da Previdência, a ser enviadas ao Congresso e que essas propostas têm a característica de ser graduais, “com regras de transição”.

Nesta quarta-feira, ele havia dito que o governo mantém o cronograma de reformas, mesmo com a deterioração do cenário político. Também refutou a avaliação de agentes do mercado financeiro de que eventual saída da presidente Dilma Rousseff faria a economia do país melhorar.

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(Com Reuters)

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