Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Na despedida de Tombini, BC mantém os juros em 14,25%

Reunião do Copom encerrada nesta quarta-feira foi a última comandada pelo atual presidente, que será substituído por Ilan Goldfajn

Por Da Redação
8 jun 2016, 20h07

O Comitê de Política Monetária decidiu manter a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 14,25% ao ano, sem viés. A decisão, unânime, foi tomada na noite desta quarta-feira.

A reunião do Copom encerrada nesta quarta foi a última comandada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O economista será substituído por Ilan Goldfajn no posto e passará a ser o representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo o comunicado em que anunciou a decisão, o Copom “reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto”, ressalva o Comitê, “considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.”

A manutenção dos juros já era esperada. Na manhã desta quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, índice oficial de inflação do país, acelerou para 0,78% em maio, depois de subir 0,61% em abril. Esse é o maior nível do IPCA para o mês de maio desde 2008.

No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo BC, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 entre 6,6% e 6,9%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,12%.

Continua após a publicidade

Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação nas últimas três semanas de maneira consecutiva. Apesar da queda do dólar, o impacto de preços administrados, como a elevação da conta de água em várias capitais, tem contribuído para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere por causa do agravamento da crise econômica.

Entenda a Selic – Embora ajude no controle dos preços, o aumento ou a manutenção da taxa Selic em níveis elevados prejudica a economia. Isso porque os juros altos intensificam a queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam contração de 3,88% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.