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Na Cúpula Ibero-Americana, Espanha e Portugal vislumbram a salvação no Brasil

Ex-metrópoles querem expandir as relações comerciais com a América Latina e receber investimentos, principalmente brasileiros

Por Da Redação
16 nov 2012, 14h54

Espanha e Portugal clamaram nesta sexta-feira na Cúpula Ibero-Americana pela ajuda de suas ex-colônias latino-americanas para resgatá-los da severa crise econômica em que se encontram. As ex-metrópoles ibéricas querem, o quanto antes, expandir as relações comerciais com a região e receber investimentos, principalmente do Brasil.

Sofrendo com uma profunda recessão e com protestos de seus cidadãos contra a perda de empregos e os cortes de gastos públicos, Portugal e Espanha esperam que o encontro que acontece em Cádiz, nesta sexta-feira e sábado, possa lhes abrir oportunidades.

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Números divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta sexta-feira destacaram as situações contrastantes dos continentes ao prever crescimento na América Latina de 3,2% em 2012 e de 4% em 2013. “A América Latina oferece uma grande oportunidade para a Espanha. Temos a língua, temos a cultura, temos muitos anos de investimento lá”, afirmou o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, em um fórum de negócios no primeiro dia da cúpula. “Muitas realizações, e muitos erros. Espanha e Portugal são os amigos mais próximos da América Latina”, acrescentou.

Brasil, a salvação – Embora o anfitrião oficial seja o Rei da Espanha, Juan Carlos, a figura mais importante da cúpula é a presidente brasileira Dilma Rousseff. A Espanha deixou claro que considera o país vital para sua salvação. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, declarou nesta semana que ele quer “mais do Brasil na Espanha e mais da Espanha no Brasil”.

A Espanha é o segundo maior investidor estrangeiro no país e Rajoy quer que empresas espanholas obtenham fatia importante dos projetos de infraestrutura brasileiros, como portos, rodovias e aeroportos, inclusive para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Dilma Rousseff vai permanecer na Espanha nos próximos dias para negociações bilaterais.

Grandes empresas espanholas como a Telefónica e o gigante bancário Santander agora dependem de suas operações na América Latina, e do Brasil em particular, para grande parte de seus lucros à medida que os mercados locais declinam.

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Na sexta-feira, a companhia espanhola de tecnologia Indra disse que um quarto de sua receita neste ano virá da América Latina, onde as suas vendas aumentaram 12 vezes nos últimos seis anos. O Brasil é o seu segundo maior mercado depois da Espanha.

O secretário-Geral da OCDE, o mexicano Angel Gurría, disse que a América Latina ainda precisa de experiência profissional, infraestrutura, educação e tecnologia. “Se não mudarmos essa tendência, vamos todos trabalhar para os coreanos”, disse.

Portugal também está interessado em atrair investimentos brasileiros para as privatizações que foi obrigado a realizar nos termos do seu resgate da zona do euro.

(com Reuters)

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