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Mundo cresce mais com queda do petróleo, aponta FMI

Estudo da entidade mostrou que economia global pode expandir entre 0,3% e 0,7% a mais em 2015, com efeitos mais positivos nos países importadores

Por Da Redação
23 dez 2014, 10h32

Uma simulação do Fundo Monetário Internacional (FMI) sinaliza que a forte queda dos preços do petróleo pode fazer a economia mundial crescer mais em 2015 e 2016, de acordo com um estudo divulgado na segunda-feira. O Produto Interno Bruto (PIB) do mundo pode se expandir de 0,3% a 0,7% a mais no ano que vem quando comparado a um cenário em que o barril da commodity não estivesse em queda. Para 2016, o PIB pode crescer de 0,4% a 0,8% a mais. A expectativa, com base no comportamento dos preços futuros da commodity, é que os baixos preços do petróleo persistam e as cotações sigam abaixo dos níveis alcançados no passado recente, ressalta o relatório publicado em um blog do FMI.

O economista-chefe, Olivier Blanchard, e o chefe responsável pela área de pesquisas com commodities, Rabah Arezki, autores do estudo, destacam que a queda do petróleo, de quase 50% desde junho, afetou a todos, dos países exportadores do produto aos importadores, governos, petroleiras, empresas prestadoras de serviços para o setor e consumidores. “Há ainda considerável incerteza sobre a evolução da oferta e da demanda (por petróleo)”, destaca o estudo, citando que tanto a procura como a oferta têm contribuído para explicar a queda das cotações nas últimas semanas. No caso da oferta, houve um aumento principalmente por causa da recuperação mais rápida que o esperado da produção em campos da Líbia e a produção no Iraque sendo pouco afetada pelos conflitos no país.

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Importadores – No geral, os economistas do FMI afirmam que os importadores de petróleo, sobretudo entre os emergentes, se beneficiarão dos menores gastos com a compra do produto, o que deve ajudar a melhorar as contas externas, gerar maior renda disponível para as famílias e menor custo com insumos. Já os exportadores terão menos receitas com as vendas externas, o que vai colocar pressão nas contas externas e fiscais. “Os riscos para a estabilidade financeira cresceram, mas permanecem limitados”, afirma o estudo, destacando que a maior pressão nas moedas ficou limitada aos exportadores de petróleo, sobretudo Rússia, Venezuela e Nigéria. “Dado a interconexão dos mercados financeiros, estes desenvolvimentos pedem crescente vigilância.”

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Na zona do euro e Japão, regiões que vêm crescendo menos que o esperado e com demanda fraca pela commodity, as diretrizes futuras dos bancos centrais serão cruciais para ancorar as expectativas de inflação no curto e médio prazo, destaca o FMI. Os dois economistas do FMI também fizeram simulações do impacto da queda do petróleo em alguns países. Nos Estados Unidos, o PIB pode crescer entre 0,2% a 0,5% a mais no ano que vem quando comparado ao cenário base, ou seja, sem a queda dos preços do petróleo. Na China, a expansão pode ser de 0,4% a 0,7% a mais. Em 2016, os EUA poderiam ter expansão adicional de até 0,6%, enquanto o PIB da China pode crescer até 0,9% a mais.

Exportadores – Nos países exportadores o impacto geral é negativo, mas mesmo entre estes mercados deve ocorrer diferenciação, destaca o FMI, porque uns dependem mais das receitas do produto do que outros. Na Rússia, 50% das receitas do governo vêm das vendas de petróleo, por isso o impacto negativo mais acentuado no país. Uma das consequências será a deterioração de indicadores fiscais, além de piora dos números das empresas do setor de petróleo, que terão que rever planos para os próximos anos.

(Com Estadão Conteúdo)

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