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Montagem da equipe econômica de eventual governo Temer enfrenta dificuldades

Sondados para o primeiro e segundo escalão têm manifestado receio do pouco tempo que terão para propor medidas que reanimem a economia até 2018

Por Da Redação
8 Maio 2016, 10h32

Mesmo com a definição de Henrique Meirelles para o comando da Fazenda, a montagem da equipe econômica tem sido uma tarefa desafiadora para o vice-presidente Michel Temer. A dificuldade em fechar os nomes esbarra principalmente no receio dos sondados em relação ao pouco tempo para reanimar a economia até 2018 – cenário que pode ficar mais complicado sem a “mão-de-ferro” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no comando da Câmara dos Deputados para colocar em votação projetos considerados essenciais.

Por esse motivo, Temer e Meirelles trabalham com algumas opções de economistas que podem servir como curingas, para serem encaixados no primeiro e segundo escalões, caso o afastamento da presidente Dilma Rousseff seja aprovado pelo Senado Federal na próxima quarta-feira. Aliados de Temer dizem que a lista com os nomes está quase fechada, mas ainda há dúvidas em relação ao cargo que cada um dos cotados vai ter no desenho final.

Alguns nomes da lista são ventilados para funções distintas, como é o caso do ex-diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton. Ele saiu do BC e foi para a diretoria da holding J&F, controladora da JBS, onde trabalhou novamente com Meirelles. No provável governo Temer, pode ser escalado para ser o número dois do Ministério da Fazenda, secretário do Tesouro Nacional ou secretário de Política Econômica (SPE).

Também para a SPE, que exige um formulador de estratégias para reanimar a economia, está cotado o sócio do banco Brasil Plural, Mário Mesquita, que também foi diretor de Política Econômica do BC de 2007 a 2010 e já teve o nome também entre os cotados para a presidência do banco.

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Demora – Ao assumir o BC, em 2003, Meirelles levou alguns meses para trocar os diretores da instituição. Ele já disse a Temer que a troca não precisa ser imediata, uma vez que precisa ser referendada pelo Senado. Meirelles já trabalhou com alguns dos diretores que ainda estão no BC, como é o caso de Aldo Mendes, cotado para continuar na diretoria de Política Monetária.

Para os bancos públicos, o vice já tem em mente que a mudança mais urgente deve ser no comando da Caixa, atualmente com a petista Miriam Belchior. Já está praticamente acertado que o novo presidente da instituição será Gilberto Occhi, indicado pelo PP. Occhi é funcionário de carreira da Caixa e já foi ministro das Cidades e da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff. Roberto Derziê, ligado a Temer, deve ficar com uma vice-presidência, indicada pelo PMDB.

Um dos cotados para o comando do BNDES, em substituição a Luciano Coutinho, é o atual superintendente da área de estruturação de projetos, Henrique Pinto. A ideia é extinguir a vice-presidência. O BB deve ficar mais algum tempo com Alexandre Abreu. Uma das opções para uma troca futura é Luiz Fernando Figueiredo, também ex-diretor do BC.

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Nos próximos dias, Meirelles e muitos dos candidatos para compor sua equipe vão se reunir em São Paulo. Será um debate para discutir o que é preciso ser feito para a retomada da atividade econômica em um curto espaço de tempo. Meirelles tem dito que o primeiro desafio é trazer de volta a confiança para garantir o retorno dos investimentos e a recuperação dos empregos, que será a principal bandeira do governo Temer.

Leia também:

Meirelles define prioridades na Fazenda para eventual governo Temer

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(Com Estadão Conteúdo)

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