Mercosul é ‘empecilho’ ao desenvolvimento, diz CNI
Para presidente do órgão, a indústria brasileira passa por dificuldades e carece de mais investimentos no setor
Ao apresentar o Mapa Estratégico da Indústria na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, criticou o Mercosul ao afirmar que ele seria um “empecilho” ao desenvolvimento industrial do país. “Hoje, o Mercosul representa para nós muitos mais um empecilho do que avanço, ou estrutura organizada que possa ter peso nas decisões internacionais”, ressaltou.
Andrade destacou as dificuldades do setor e pediu mais investimentos em áreas sensíveis, como logística e transporte. “Mesmo reconhecendo esforços e políticas do governo para alguns setores e indústria, como desoneração da folha de pagamento, questão dos juros, algumas desonerações de PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), incentivando o consumo, a indústria tem vivido um momento de dificuldade. Dependemos de mudança na logística, na questão do transporte, nas questões internacionais. Temos dificuldade de investimentos, muitas delas relacionadas à tributação”, afirmou.
Leia também:
Argentina e Venezuela ‘queimam’ imagem do Brasil, diz professor
O Mapa Estratégico da Indústria apresenta um marco para 2022, com dez vetores que o setor considera importantes para o crescimento e desenvolvimento industrial do Brasil. Uma das metas é que a indústria de transformação, que já alcançou 30% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) e hoje representa 14%, volte a representar porcentuais acima dos 20%. “Um país como o Brasil, para ser forte e chegar a ser a quinta ou quarta economia do mundo, tem de ter indústria forte. Temos de cuidar para que ela possa se desenvolver mais e gerar empregos de qualidade.”
Leia também:
IPI menor faz crescer produção industrial, segundo IBGE
Brasil despenca para o sexto lugar em ranking de atração de investimentos
Produção da indústria reage em abril e sobe 8,4% ante 2012
(com Estadão Conteúdo)