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Governo grego perde seis integrantes de alto escalão, enquanto enfrenta protestos nas ruas

Bolsas da Europa fecham em baixa com temor de calote

Por Da Redação
10 fev 2012, 15h03

O primeiro-ministro da Grécia, Lucas Papademos, disse nesta sexta-feira que a quebra de seu país “não é uma opção”

Pelo menos seis integrantes de alto escalão do governo pediram demissão nesta sexta-feira. A situação grega continua caótica. O país enfrenta protestos nas ruas, greve geral de dois dias e a perspectiva de uma reforma ministerial. Ao mesmo tempo, os gregos correm para aprovar novos cortes e garantir mais ajuda internacional.

Os demissionários são o ministro dos Transportes, Makis Voridis, e os viceministros Asterios Rontulis, da Marinha Mercante; Adonis Yeoryiadis, da Agricultura; Yeoryios Yeoryiu, da Defesa; e Marilisa Xaenoyannakopulu, das Relações Internacionais. Eles deixaram o governo por discordar do plano de austeridade em negociação no parlamento.

No fim da quinta-feira, os ministros de Finanças da zona do euro exigiram que os parlamentares gregos aprovem as medidas de austeridade antes de desbloquear o apoio econômico ao país e evitar um calote em março. Entre outras demandas, os ministros querem que os líderes políticos forneçam detalhes sobre os cortes adicionais de 325 milhões de euros. “Se o Parlamento se recusar a aprovar as medidas, a Grécia terá de deixar a zona do euro porque eles entrariam em default”, disse Mike Lenhoff, estrategista-chefe da Brewin Dolphin.

O primeiro-ministro da Grécia garantiu nesta sexta-feira que a quebra de seu país “não é uma opção”. Lucas Papademos fez as declarações no começo do crucial conselho de ministros no qual se deverá aprovar o acordo sobre medidas de austeridade alcançado com a troika, composta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia.

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O partido nacionalista Laos, parte da coalizão governista, disse que não votará a favor de um pacote de austeridade, o que gerou novas dúvidas sobre as já difíceis negociações em andamento para o país evitar o default.

Reação do mercado – Os principais índices das bolsas europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, com a intensificação dos temores de um possível calote da Grécia. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou baixa de 0,91%, ou 2,40 pontos, para 261,24 pontos, e na semana recuou 1,27%.

Na Bolsa de Atenas, o índice ASE teve queda de 3,2%, para 797,35 pontos. “Há muitos temores agora no mercado e os investidores estão fechando posições antes do fim de semana”, afirmou um corretor local. Os bancos tiveram desempenhos ruins. National Bank caiu 9,5%, OPAP recuou 3% e OTE perdeu 2%.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,73%, para 5.852,39 pontos, e na semana recuou 0,82%. As ações do setor de mineração tiveram os piores desempenhos, com Kazakhmys (-4,5%) e Eurasian Natural Resources (-3,5%). Os bancos também pesaram, com RBS e Lloyds recuando 3,1% cada um.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 recuou 1,51%, para 3.373,14 pontos. Na semana, o CAC 40 perdeu 1,60%. Os bancos se saíram mal, com BNP Paribas (-4,09%), Crédit Agricole (-4,84%) e Société Générale (-7,48%). Já Alcatel-Lucent fechou em alta de 12,13%, após divulgar balanço apontando lucro em 2011 e também números positivos no trimestre passado.

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Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 1,41%, para 6.692,96 pontos, e na semana recuou 1,09%. Os bancos foram os mais afetados pela realização de lucros, com Commerzbank recuando 5,1% e Deutsche Bank perdendo 4%. Thyssenkrupp caiu 3,9%, após a Nomura rebaixar o rating do setor siderúrgico europeu para “neutro”.

Na Itália, o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, registrou queda de 1,76%, para 16.361,04 pontos, e na semana perdeu 0,48%. As ações dos bancos tiveram os piores desempenhos, com UniCredit recuando 4,7%, Banco Popolare caindo 3,7% e Intesa Sanpaolo perdendo 3,6%.

Em Madri, o índice Ibex 35 teve queda de 1,18%, para 8.797,10 pontos, e na semana fechou em queda de 0,72%. Os bancos, também na Espanha, estiveram entre os piores desempenhos, com Banco Popular (-3%), BBVA (-2%) e Santander (-2%). Em Lisboa, o índice PSI 20 recuou 0,84%, para 5.620,43 pontos, porém na semana o PSI 20 teve alta de 2,36%.

(Com Agência Estado e EFE)

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