Mercado reduz projeção para o PIB e aposta em alta dos juros na quarta-feira
Projeção de crescimento econômico foi reduzida pela terceira semana seguida: de 1,79% para 1,67%
Economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram pela terceira semana consecutiva a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano. Segundo o Boletim Focus desta segunda-feira, a projeção de crescimento da economia passou de 1,79%, na semana passada, para 1,67%. Para 2015, a expectativa é de expansão de 2%, queda de 0,10 ponto porcentual ante a pesquisa anterior.
Para o cenário de juros, o mercado segue apostando em um novo aperto monetário na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que começa na terça e se encerra na quarta-feira, com divulgação sobre os rumos da taxa básica de juros do país, a Selic.
A estimativa é de que a Selic seja elevada em 0,25 ponto porcentual, a 10,75% ao ano. Para o final do ano, os analistas não alteraram a projeção da Selic, de 11,25%. Os juros vêm sendo elevados pelo BC desde abril passado. De lá para cá, a Selic foi tirada da mínima histórica de 7,25% ao ano para o atual patamar de 10,50%, num ritmo de elevação de 0,50 ponto porcentual nas últimas decisões.
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A expectativa de aumento de 0,25 ponto agora foi reforçada também no mercado futuro de juros, após o governo anunciar nova meta de superávit primário neste ano, a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), considerada mais crível e com potencial para melhorar a credibilidade do governo.
Ainda segundo a pesquisa Focus, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, ainda vê aperto monetário maior para o ano fechado. A mediana das projeções aponta que a Selic encerrará 2014 a 11,75% e 2015 a 12,25%, sem alterações.
Inflação – As projeções para a inflação continuam sem mostrar sinais de arrefecimento. Para os economistas consultados no Focus, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano a 6,00%, alta de 0,07 ponto porcentual sobre a expectativa anterior. Para 2015, houve manutenção da expectativa em 5,70%. Já a projeção para a inflação nos próximos doze meses subiu a 6,11%, 0,06 ponto porcentual a mais.
Em fevereiro, o IPCA-15 – considerado uma prévia da inflação oficial do país – voltou a acelerar ao subir 0,70%, pressionado pela alta sazonal dos preços de Educação, levando a inflação em doze meses a acumular 5,65%. A meta do governo é de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos porcentuais para mais ou menos.
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(com agência Reuters)