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Mercado vê inflação mais distante da meta em 2015

Economistas ouvidos pelo BC para o relatório Focus acreditam que preços subirão 6,99% neste ano. BC teria, assim, espaço para subir ainda mais os juros

Por Da Redação
26 jan 2015, 08h26

O mercado financeiro vê ainda mais distante do que antes a possibilidade de cumprimento da meta de inflação, de 4,5%, em 2015. Segundo economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o relatório semanal Focus, divulgado nesta segunda-feira, a mediana das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA) deste ano subiu de 6,67% para 6,99%. Há um mês, a mediana estava em 6,53%. Se confirmado esse patamar, próximo a 7%, o IPCA registrará a pior inflação em 11 anos. Até agora, o maior aumento de preços foi visto em 2004, quando o índice subiu 7,6%.

Se considerada apenas as estimativas dos analistas que mais acertam as previsões do Focus, o Top 5, a mediana passou de 6,60% na semana passada para 6,86% agora. Quatro semanas atrás, estava em 6,40%.

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BC eleva taxa básica de juros para 12,25% ao ano

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio que o faria encerrar 2016 no centro da meta de 4,5%. Para 2016, a estimativa média dos economistas ouvidos para o Focus é de alta de 5,60% nos preços, menor do que na semana passada, quando ela estava em 5,70%.

Juros – Contudo, na semana passada, dois anúncios mostraram que o cenário não está para otimismo. A prévia da inflação, IPCA-15, divulgada na sexta-feira, mostrou que, para janeiro, é esperada inflação de 0,89% ante 0,67% do primeiro mês de 2014 e 0,79% em dezembro. Além disso, na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, também mostrou ao mercado que está preocupado com a alta de preços e subiu em 0,5 ponto porcentual os juros básicos – a Selic agora está em 12,25%.

No Focus desta segunda, a mediana de previsões de analistas aponta para a Selic em 12,50% ao fim de 2015, ou seja, o Copom ainda tem espaço para subir mais um pouco os juros. Para 2016 a estimativa está em 11,50%. Ambas são as mesmas da semana anterior.

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Economia fraca – Ainda de acordo com o relatório, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de um ano ainda mais desafiador do que se esperava. Refletindo em parte a fala do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na semana passada de que a economia brasileira deve crescer próximo a zero neste ano, os economistas ouvidos pelo BC diminuíram de 0,38% para apenas 0,13% o crescimento do PIB em 2015. Para 2016, a mediana de estimativas também baixou de 1,80% para 1,54%.

Leia ainda: Levy abre o jogo: modelo de crescimento do Brasil mudou

(Com Estadão Conteúdo)

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