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Mercado prevê crescimento negativo para produção industrial

Economistas ouvidos pelo Banco Central mantiveram suas projeções para a expansão econômica em 1,9% para este ano e do IPCA em 4,92%

Por Da Redação
23 jul 2012, 10h14

Os analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para a pesquisa semanal Boletim Focus surpreenderam ao cortar a expectativa para a produção industrial neste ano. Na semana passada era esperado um crescimento tímido de 0,09%, mas, agora, a estimativa é negativa (-0,04%). Para o ano que vem eles estão mais otimistas, esperam alta de 4,5%. Em maio, a produção industrial caiu pela terceira vez consecutiva, ao recuar 0,9% ante abril.

Após dez semanas consecutivas de redução da estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, os economistas ouvidos pelo BC para o relatório Focus mantiveram suas previsões em 1,90% este ano e em 4,10% ano que vem.

A projeção de crescimento da economia feita pelo mercado está bem abaixo da perspectiva oficial. Nesta sexta-feira, o governo reduziu a projeção de crescimento do PIB em 2012 de 4,5% para 3%, de acordo com informações do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias divulgado pelo Ministério do Planejamento. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia revelado as novas estimativas do Planalto. Contudo, o número não havia sido oficializado.

Inflação – Os analistas ouvidos pelo BC também aumentaram a projeção para a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando-a de 4,87% (na semana passada) para 4,92% nesta.

A expectativa para a Selic, taxa básica de juros do país, também foi mantida em 7,5% o fim de 2012 e em 8,5% em 2013. A estimativa leva em conta a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), apresentada na semana passada, onde o BC mostra que deve cortar mais os juros, mas com “parcimônia”. Atualmente os juros básicos estão em 8% ao ano.

Quanto ao dólar, os economistas esperam, no fim do ano, taxa de 1,95 real, mesma do ano que vem também.

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Indústria de Transformação – A indústria de transformação foi positiva para os trabalhadores em junho, mas contratou apenas 9.968 a mais do que demitiu no período. O “resultado modesto”, como admitiu o próprio Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em seu site, é fruto de um saldo positivo em apenas seis de seus 12 ramos de atividade.

Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na manhã desta segunda-feira, os principais saldos positivos do setor ocorreram na indústria de produtos alimentícios (9.349 postos) e na indústria química (2.676 vagas). Já os negativos foram observados na indústria metalúrgica (-1.785) e na indústria de material de transporte (-1.064).

A agricultura voltou a liderar a geração de postos de trabalho formais em junho, conforme dados do Caged. No setor, o saldo líquido de contratações – já descontadas as demissões do período – foi de 60.141. De acordo com o MTE, o resultado foi fortemente influenciado pelo cultivo de café (24.079).

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Já o setor de Serviços, que era o que mais vinha criando vagas com carteira assinada no primeiro semestre, foi responsável pela geração de 30.141 postos no mês passado.

Conforme o Caged, houve expansão do mercado de trabalho no setor em cinco dos seis ramos de atuação, com destaque para alojamento e alimentação (14.718 postos) e serviços médicos e odontológicos (8.215). Já ensino registrou queda de 3.089 vagas em junho – conforme o ministério, por questões sazonais. O comércio contratou 11.026 mais pessoas do que demitiu no mês passado. O resultado deriva das admissões líquidas no varejo (8.469) e no atacado (2.557).

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