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Mesmo após corte da nota de crédito do país, dólar fecha em baixa

Em sessão marcada por muita oscilação, cotação da moeda americana desceu até 3,78, atingiu os 3,87 e, por fim, recuou 0,3% e fechou em 3,80 reais

Por Da Redação
15 out 2015, 17h50

Em um pregão de muitos altos e baixos, o dólar fechou em queda nesta quinta-feira, acompanhando o movimento da moeda americana nos demais mercados emergentes. O recuo ocorreu mesmo após a agência Fitch rebaixar a nota de crédito do Brasil e sinalizar que pode tirar do país seu selo de bom pagador em um horizonte de até 24 meses.

No fim da sessão, a moeda americana recuou 0,32%, terminando cotada a 3,80 reais após atingir 3,78 reais na mínima e 3,87 na máxima do dia.

“Parece que o mercado cansou de piorar. Esgotou o estoque”, disse o operador de uma corretora nacional. “Todas as (moedas) emergentes melhoraram hoje e o Brasil acompanhou, apesar de todo o cenário negativo. Parece que isso tudo já estava no preço.”

O recuo do dólar em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano veio apesar dos dados sobre a inflação e o mercado de trabalho nos Estados Unidos atenuarem um pouco as apostas de que o Federal Reserve (banco central) não elevará os juros neste ano. Essas apostas vêm ajudando ativos de países emergentes, que seriam beneficiados pela manutenção dos juros na maior economia do mundo em níveis próximos de zero.

No Brasil, o dólar não foi tão influenciado pelo rebaixamento do país. A Fitch cortou o rating brasileiro de “BBB” para “BBB-“, último degrau antes do nível especulativo, e colocou a nota em perspectiva negativa. “O mercado só vai reagir com bastante força quando houver de fato uma retirada do grau de investimento”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. “Por enquanto, (a decisão da Fitch) deixa o mercado com o radar ligado, mais sensível a altas”.

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Se perder seu grau de investimento pela Fitch ou pela Moody’s, o Brasil passará a ser classificado como “grau especulativo” por duas das três principais agências, já que a Standard & Poor’s tirou esse certificado do país no mês passado. Isso serviria de gatilho para fuga de capitais, já que muitos fundos têm regulações internas que os impedem de investir em países com esse perfil.

O efeito da decisão da Fitch, segundo operadores, foi aumentar a volatilidade do mercado, com o dólar trocando de sinais diversas vezes nesta sessão. No Brasil, a crise política também contribuía para deixar investidores com o pé atrás. A indefinição sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff vem pressionando o câmbio desde o início da semana.

Analistas da Guide Investimentos destacaram, em nota clientes, o “noticiário político ainda intenso”, mas disseram que “tudo indica que continuaremos em stand by: Cunha e Planalto tentam costurar acordão”, referindo-se ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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(Com agência Reuters)

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