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Mantega prevê PIB fraco no 3º tri. E anuncia novas ações

Ministro diz a jornal que governo ampliará desoneração da folha de pagamento

Por Da Redação
29 nov 2012, 07h31

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil deverá crescer ao menos 1% no terceiro trimestre deste ano. E admitiu: seria um resultado “nada espetacular” – expressão utilizada para amenizar o fato de que o país registrará, na verdade, um ‘Pibinho’. O governo já prepara, de acordo com entrevista concedida pelo ministro ao jornal Folha de S. Paulo, medidas “pró-crescimento” da economia, com novos setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento. O ministro anunciou a prorrogação por mais um ano do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), a inclusão de novos setores na lista dos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento e a concessão ao setor privado dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (Grande Belo Horizonte). “Nós vamos prorrogar o PSI, incluir novos setores na lista da desoneração da folha e lançar programas de investimento nos setores portuário e de aeroportos”, afirmou ao jornal. O PSI, programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), venceria no fim deste ano.

Pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira indica que caiu a perspectiva de crescimento da economia brasileira em 2012. De acordo com a mediana de projeções de economistas ouvidos pelo BC, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer 1,5% em 2012 e não 1,52%, como apontava o relatório anterior. Para 2013, o indicador de crescimento econômico também caiu, passando de 3,96% para 3,94% – segunda diminuição de projeção seguida. Já o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), indica que o nível de atividade econômica do país apresentou recuo em setembro. O IBC-Br caiu 0,52% em setembro ante agosto, nos dados livres de influências sazonais. No acumulado do trimestre findo em setembro é possível perceber ainda uma melhora da atividade econômica brasileira na segunda metade do ano: o índice somou alta de 1,15%, resultado superior ao visto no segundo trimestre do ano, de 0,6%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br avançou em setembro 2,39% e, em 12 meses, acumula alta de 0,98%, de acordo com o BC. O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia (serviços, indústria e agropecuária).

Analistas passaram a encarar com cautela a expectativa de uma retomada da atividade no final deste ano, após um início de 2012 fraco por causa da crise internacional. A indústria continua no topo das preocupações, depois de a produção do setor ter recuado 1% em setembro, no pior resultado em oito meses. Além disso, o setor de varejo corroborou a falta de força da atividade, com as vendas avançando apenas 0,3% em setembro, a menor alta para esses meses desde 2005. E os analistas ainda preveem um crescimento pequeno das vendas no final deste ano.

A reação da economia tem sido o grande objetivo da presidente Dilma Rousseff. Para aquecer a atividade, a equipe de Mantega tem anunciado uma série de medidas, como redução de impostos para consumo e incentivos ao setor industrial e aos investimentos. O governo também reduziu encargos trabalhistas e tem trabalhado para manter o dólar em patamar que favoreça as exportações brasileiras.

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Segundo o ministro da Fazenda, a meta é transformar os investimentos no “carro-chefe” da economia, crescendo 8% em 2013 e 12% em 2014. Neste ano, devem recuar cerca de 3%. Sobre o PIB do terceiro trimestre, Mantega acredita que subirá ao menos 1%. “Fico satisfeito com qualquer número de 1% a 1,3%. Se for 1%, será um crescimento anualizado de 4%”, afirmou Mantega, admitindo que seria um resultado “nada espetacular”, mas um “crescimento gradual”.

(Com Estadão Conteúdo)

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