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Mantega nega exclusão de alimentos do cálculo do IPCA

Segundo o ministro da Fazenda, a metodologia do IBGE não será alterada e a elevação atual é decorrente de 'fator sazonal'

Por Da Redação
23 abr 2014, 19h20

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou nesta quarta-feira que o governo considere a possibilidade de retirar alimentos do cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Não há nenhuma mudança nos critérios de avaliação da inflação. O governo não está estudando mudar os índices ou os critérios de avaliação da inflação. Não sei quem tirou essa ideia, mas ela não procede”, afirmou. A informação sobre a intenção do Ministério da Fazenda de pedir ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que modificasse a metodologia da inflação foi veiculada pelo jornal O Globo.

Mantega citou ainda o exemplo dos Estados Unidos, que retiram os alimentos e os combustíveis do índice principal. “Nós não fazemos isso e continuaremos da mesma maneira”, disse. Mas, segundo a reportagem de O Globo, os técnicos da equipe econômica acreditam que os produtos que são constantemente alvo de choques de preços não precisariam fazer parte do IPCA, como o tomate e o chuchu, por exemplo. Os técnicos argumentam que alguns alimentos que sofrem variações sazonais importantes, decorrentes de condições climáticas, são constantemente substituídos pelo consumidor, devido ao aumento do preço. Tais alimentos ‘substituíveis’, diz O Globo, são justamente os que o governo quer eliminar do IPCA. O preço do tomate, por exemplo, avançou mais de 30% apenas em 2014.

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O ministro aproveitou o lançamento do Portal Único de Comércio Exterior, nesta quarta, para afirmar que a recente disparada da inflação é sazonal – e que o índice não ficará acima do teto da meta em 2014. “Todo ano acontece esse processo. Ele é sazonal”. Segundo Mantega, a inflação também é decorrente do clima adverso. “Este ano, temos menos chuva e isto fez com que subisse o preço de alguns produtos, principalmente os hortifrutigranjeiros”, disse.

O ministro reiterou que os preços já começam a ceder. “A boa notícia é que vem se seguindo a trajetória de todos os anos. Você tem dois meses de pressão inflacionária e, em seguida, a inflação começa a recuar. Posso dizer que os indicadores demonstram que a inflação já começou a recuar, de modo que maio e junho ela será mais baixa. É claro que sempre tem algum produto que tem uma sazonalidade ou que está na entressafra que poderá subir. Porém, o preço da maioria dos produtos estará se reduzindo ao longo dos próximos meses”, afirmou. Segundo Mantega, daqui a dois meses, a “inflação já estará num patamar mais baixo”.

Segundo dados coletados pelo Banco Central na semana passada, a expectativa dos analistas do mercado financeiro para o IPCA deste ano passou de 6,47% para 6,51% – trata-se da primeira vez, em 2014, que o Boletim Focus aponta o IPCA acima do teto da meta. O relatório do BC é feito com base em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

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