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Levy diz que, apesar de redução da meta fiscal, ‘não jogou a toalha’

Em entrevista à GloboNews, ministro da Fazenda afirmou que não adianta o governo trabalhar com 'números imaginários'

Por Da Redação
24 jul 2015, 09h45

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que não jogou a toalha ao ter que anunciar a redução da meta de superávit primário. “Nós não jogamos a toalha, pelo contrário, nós vamos continuar a nossa política com muito vigor, mas ela tem que ser uma política realista”, disse em entrevista à jornalista Miriam Leitão, transmitida na noite desta quinta-feira pela GloboNews. O ministro também reforçou que o objetivo do governo é diminuir a incerteza da economia e que ajustar a meta não significa afrouxar a política fiscal. “Não é um afrouxamento, mas também não adianta termos números imaginários.”

Nesta quarta-feira, o governo reduziu a meta de superávit primário de 1,1% (66,3 bilhões de reais) para apenas 0,15% (8,74 bilhões de reais) e fez mais um corte de 8,6 bilhões de reais nas despesas deste ano. Na entrevista, Levy disse que é “um equívoco” a especulação de que ele teria sido voto vencido, pois preferia anunciar a redução da meta em um momento mais à frente. “Deve ser um equívoco, nunca disse pra deixar para mais tarde. Eu trabalho com transparência”, afirmou.

Ao fazer um balanço do seu trabalho no primeiro semestre do ano, Levy disse que a situação deve melhorar daqui para frente. Ele destacou que o governo vai continuar tomando medidas para colocar as contas em ordem. “Na verdade, o governo aumentou o contingenciamento. O governo vai continuar cortando na carne, mas tem coisas que depende do Congresso”, disse.

O ministro destacou que agora a decisão da nova meta precisa do aval do Congresso e disse que está conversando com parlamentares explicar a necessidade do ajuste fiscal. Levy minimizou as derrotas sofridas no Congresso que dificultaram o ajuste e disse que pode ter havido “equívocos”, mas que o governo está lidando com a situação.

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O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que está unido com Levy em busca do reequilíbrio das contas públicas o mais rápido possível. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta quinta, o ministro afirma que não há disputa com Levy nem divisão da equipe. Aos poucos, afirma, a reprogramação fiscal será assimilada pelos críticos. “A redução da meta não é para se gastar mais”, diz ele.

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Dilma – A presidente Dilma Rousseff ficou muito contrariada com informações dando conta de que Levy perdeu a disputa com o titular do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre a redução da meta fiscal. Antes do almoço, ela chegou a telefonar para assessores pedindo que destacassem a importância de Levy para o governo. “Levy é o avalista da política econômica”, disse um auxiliar da presidente. A preocupação de Dilma, ao longo desta quinta, foi desfazer a imagem de que o ministro da Fazenda estaria enfraquecido.

Embora a tese de Levy de deixar o anúncio do corte na meta fiscal mais para a frente tenha sido vencida, ele não perdeu poder nem a confiança da presidente. Ao divergir do ministro Nelson Barbosa, que queria reduzir logo a meta de superávit primário, Levy alertava para o risco de dar sinais contraditórios sobre o ajuste fiscal. Para o ministro da Fazenda, o melhor momento para a mudança, se ela de fato tivesse de ocorrer, seria setembro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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