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Levy admite que conversa com Dilma sobre saída da Fazenda

Em encontro com jornalistas, em Brasília, ministro da Fazenda disse que fim de ano abre alternativas e que não quer criar constrangimentos ao governo

Por Da Redação
18 dez 2015, 12h24

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que tem conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre sua saída do comando do Ministério da Fazenda. “A gente [Levy e Dilma] tem conversado, eu acho que eu tenho que falar o que eu já falei”, afirmou o ministro em café da manhã com jornalistas, em Brasília, nesta sexta-feira.

“O ano legislativo se encerrou e isso abre umas tantas alternativas. Evidentemente meu objetivo não é criar nenhum tipo de constrangimento ao governo”, declarou na ocasião. Levy avaliou que independente do comandante, a Fazenda tem que ter um perfil técnico e arrojado. “Eu acho que o que a gente tem que estar fazendo é apontando rumos, tudo que se conseguiu com trabalho conjunto foi começar o trabalho de reequilíbrio.”

As notícias sobre a saída do ministro ganharam força nos últimos dias, turbinadas pela decisão do governo de buscar uma meta de superávit primário para 2016 que previsse abatimentos que poderiam, na prática, anular o esforço fiscal. “Espero continuar confortável em tudo que faço”, disse Levy. O ministro sempre foi contrário ao afrouxamento, avaliando que diminuiria a pressão para parlamentares aprovarem medidas de ajuste, aumentando a desconfiança de agentes econômicos com o real esforço para o reequilíbrio das contas públicas.

Nesta quinta-feira, no entanto, o Congresso aprovou uma meta de superávit menor, de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre 0,7% defendido por Levy, mas barrou a possibilidade de descontos, como inicialmente queria o Executivo. Diante do constante vaivém quanto ao alvo de economia para pagamento dos juros da dívida pública, o Brasil perdeu o grau de investimento pela agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poor’s.

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Nesta manhã, Levy avaliou em diversos momentos que a economia reagirá após a superação das incertezas políticas. Disse ainda que a perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff é pequena “porque as pessoas não querem mais incerteza”.

O ministro afirmou que as indicações vindas de Brasília têm de ser de mais tranquilidade e que mostrem rumo. Em tom de retrospectiva, Levy avaliou que a maior parte das prioridades que havia estabelecido para o ano foram pelo menos encaminhadas “de maneira muito concreta”.

“Isso evidentemente nos dá uma certa tranquilidade, mas não necessariamente implica nenhuma ação, vamos dizer assim, específica, imediata. É mais uma observação de que a gente está no caminho certo”, afirmou durante o encontro com jornalistas.

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(Com agência Reuters)

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