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Lagarde unirá competência e bom trânsito político no FMI

A nova chefe do Fundo, a francesa Christine Lagarde, assumirá o cargo em 5 de julho com a missão de administrar a crise na Europa e cumprir as promessas feitas aos países emergentes

Por Da Redação
28 jun 2011, 18h00

Contou a seu favor o fato de ser europeia, já que terá de tomar decisões difíceis por conta da crise na zona do euro

A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional elegeu a ministra das finanças da França, Christine Lagarde, para chefiar o órgão. A francesa, que entra para substituir Dominique Strauss-Kahn, será a primeira mulher a assumir o cargo, a partir de 5 de julho. “Estou honrada e feliz que o conselho tenha me escolhido para presidir o FMI!”, escreveu ela em seu twitter. Lagarde, depois de eleita, disse em seu discurso de agradecimento o que espera de sua presidência. “O FMI deve ser relevante, responsável, efetivo e legítimo para que possa promover um crescimento forte e sustentável, e um melhor futuro para todos”, discursou.

A nova chefe do FMI tem 55 anos e ocupa o cargo de ministra das finanças da França desde 2007. Antes disso, foi ministra do comércio exterior por dois anos. Lagarde também fez carreira no setor privado como advogada especializada em leis trabalhistas e legislação antitruste na empresa Baker & McKenzie. Possui diplomas do Instituto de Ciências Políticas francês e da Escola de Direito de Paris, onde chegou a lecionar.

Uma das qualidades apontadas em Lagarde é o bom trânsito político. Também contou a seu favor o fato de ser europeia, já que terá de tomar decisões difíceis por conta da crise de dívida da zona do euro. A expectativa dos especialistas é de que ela mantenha a mesma linha conservadora de seu antecessor.

Um dos pontos negativos da campanha foi que, pouco antes de se tornar candidata, a justiça francesa investigava um caso de arbitragem comercial cometido pela ministra a favor do empresário francês Bernard Tapie. Conforme a candidatura andou, e a popularidade de Lagarde cresceu, o caso foi ganhando menos atenção. A sorte também contou a seu favor. O procurador do caso deve se aposentar em breve, e Lagarde ganhará algum tempo até que o caso seja retomado.

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Uma das plataformas de Lagarde é a de garatir mais espaço de decisão no órgão para as economias emergentes. Enquanto China e Brasil devem cobrar a promessa, é possível que os países da Europa mostrem-se pouco dispostos a ceder espaço. Será um teste para a nova diretora. Outros projetos incluem aumentar a ajuda a países pobres, além de tentar evitar novas turbulências na economia.

O processo – A seleção foi feita pela diretoria executiva do FMI, formada por membros que representam os 187 países que mantém relações com o FMI. O processo começou em 20 de maio e teve o presidente do banco central mexicano Agustín Carstens como concorrente de Lagarde. Ambos se encontraram com a diretoria, apresentaram propostas e Lagarde foi a escolhida.

Antes das eleições, porém, diversos países manifestaram apoio a seu candidato de preferência. O Brasil, por exemplo, apoiou Lagarde na última hora, como já haviam feito outros países de grande importância política dentro do FMI como China, Estados Unidos, Alemanha, entre outros. Austrália, Canadá e outros países da América Latina declararam apoio à Carstens.

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