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J&F assume gestão da Delta já na próxima semana

Holding dos irmãos Batista não realizará a aquisição da empresa de imediato. Tudo dependerá do resultado do processo de auditoria na empreiteira

Por Naiara Bertão
9 Maio 2012, 16h30

Irmãos Batista devem comprar a Delta sem precisar colocar a ‘mão no bolso’. A aquisição será bancada por parte dos próprios rendimentos futuros da construtora.

Não haverá, portanto, necessidade de utilização de recursos próprios ou de terceiros – financiamento junto a bancos – para financiar a operação.

A J&F Participações divulgou nesta quarta-feira um comunicado ao mercado em que afirma que assumirá, já a partir da próxima semana, a gestão da Delta Construção. A holding dos irmãos Batista não realizará a aquisição da empresa de imediato. Um “rígido processo de auditoria” será conduzido na companhia pela KPMG ao longo dos próximos meses, diz o documento. Só depois de concluída essa fase, a companhia decidirá ser vai exercer ou não a opção de compra.

Preço indefinido – O controle da gestão da Delta não envolve pagamento imediato aos antigos controladores, entre eles o empresário Fernando Cavendish, envolvido nas denúncias de corrupção que envolvem o contraventor Carlinhos Cachoeira e políticos.

Tampouco foi divulgado um valor para a operação. Segundo o comunicado da J&F Participações, tudo dependerá do cálculo a ser realizado pela KPMG do valor total dos ativos e contratos da construtora. De posse destes números, a holding definirá um lance para aquisição.

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Não haverá desembolso – Caso exercida, a opção de compra prevê que os recursos provenientes da distribuição dos dividendos futuros da Delta serão utilizados no pagamento dos ativos da empresa. Em outras palavras, os acionistas da construtora, minoritários e majoritários, só serão novamente remunerados quando novos dividendos forem gerados. Valerá para o recebimento destes recursos a estrutura acionária vigente um dia antes da J&F assumir a gestão da Delta.

Fonte ouvida pelo site de VEJA explicou que será fixado um porcentual dos dividendos a ser destinado ao pagamento da operação. Esta fatia deve ser divulgada ao longo do processo de auditoria, que pode durar vários meses. Salvo essa parcela voltada à aquisição, o restante dos dividendos será reinvestido, por prazo indefinido, na própria Delta.

Em resumo, não haverá necessidade de utilização de recursos próprios (da J&F) ou de terceiros (financiamento junto a bancos ou BNDES) para financiar a operação.

Novo presidente – O contrato preliminar da transação vai permitir que a J&F substitua toda a estrutura administrativa da Delta, incluindo presidente, diretores e membros do conselho de administração. Nos próximos dias, a nova gestora revelerá o nome do executivo escolhido para assumir a presidência da Delta.

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Fonte próxima à negociação garantiu ao site de VEJA que o novo presidente não faz parte da estrutura da J&F, nem das empresas controladas. O escolhido é um profissional de mercado que pertence ao círculo de confiança de Joesley Batista – presidente executivo da holding e também do conselho de administração da JBS. O site de VEJA apurou que Joesley vem pessoalmente negociando a aquisição da construtora nos últimos dias.

O contrato preliminar, que vincula as partes envolvidas, será confirmado pela holding a partir dos resultados da auditoria. Os novos gestores, nomeados pela J&F, ficam resguardados de quaisquer responsabilidades em relação aos contratos vigentes até que a investigação da KPMG seja concluída.

Meirelles – Conforme antecipado pelo site de VEJA, o presidente do conselho consultivo da J&F, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, não terá nenhum cargo ou função na gestão da empresa de construção. A informação chegou a circular nos meios de comunicação ao longo desta terça-feira.

“Já presente no mercado de commodities, com JBS e Eldorado, no mercado interno de consumo, com Flora e Vigor, e no setor financeiro, com Banco Original, a entrada da J&F no setor de infraestrutura consolida a presença da holding em áreas dinâmicas da economia brasileira, fundamentais para o desenvolvimento econômico do país.”, diz Meirelles no comunicado ao mercado.

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Nova gestão – O documento divulgado pela J&F afirma que a Delta terá “gestão profissionalizada a partir dos mais altos padrões de governança corporativa”. “Nosso objetivo é honrar os contratos que serão auditados e preservar os mais de 30 mil empregos da Delta”, diz Joesley Batista no comunicado.

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