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Inflação desacelera em junho, mas excede teto da meta

IPCA desacelera para 0,26%, mas acumula alta de 6,70% em 12 meses, acima do teto da meta

Por Da Redação
5 jul 2013, 09h27

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, recuou em junho para 0,26% (0,37% em maio), mas acumula alta de 6,70% nos últimos 12 meses e, assim, ultrapassa o teto da meta (6,50%).

O resultado, contudo, é melhor do que as expectativas do mercado, que apostavam em avanço de 0,33% no mês, e de 6,77% no acumulado dos 12 meses. O dado ficou abaixo também da prévia do IPCA, de 0,38%, medida pelo IPCA-15. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, o IPCA já tinha atingido o teto da meta no acumulado dos 12 meses.

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Segundo o IBGE, o resultado mensal é o menor desde junho de 2012, quando chegou perto da estabilidade, com 0,08%. Com isto, a variação no ano foi para 3,15%, acima da medição de igual período de 2012, que foi de 2,32%. Ônibus e protestos – Os gastos com as tarifas de ônibus urbanos foram os que mais puxaram a inflação medida pela IPCA de junho. A pressão ocorreu apesar de vários estados terem suspendido, por conta da onda de protestos, os reajustes das tarifas. Em junho, os ônibus subiram 2,61%, contra uma retração e 0,02% em maio. De acordo com a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, sem esse item, o índice teria variado 0,19% e não os 0,26% registrados pelo IBGE. Por outro lado, a onda de protestos no país teve um grande peso na desaceleração do ritmo de alta do IPCA no mês passado, segundo o IBGE. A coordenadora disse que as manifestações obrigaram muitos comerciantes a fecharem as portas. Segundo ela, para compensar as perdas e desovar os estoques que subiram em junho, os comerciantes baixaram preços. “Junho foi um mês atípico. O consumo já estava retraído”, afirmou.

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Alimentos – Em desaceleração, o grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,04% em junho, o menor resultado desde julho de 2011, quando ocorreu deflação de 0,34%. “Pela quinta vez consecutiva, o grupo ficou abaixo do mês anterior, mas o primeiro semestre fechou em 6,02%, acima dos 3,26% do primeiro de 2012”, disse o IBGE em nota.

No item, o preço do tomate continua em queda, passando de deflação de 10,31 (maio), para 7,21 (junho). O feijão, cujos preços começaram a preocupar, teve queda em junho. O feijão carioca, por exemplo, passou de alta de 7,23%, em maio, para queda de 2,19%, em junho. Já o feijão mulatinho passou de alta de 16,58% para queda de 4,27%, no mesmo período. Preocupado com os preços, o governo zerou recentemente o imposto de importação de feijão.

Também contribuíram para desaceleração itens importantes no orçamento das famílias, como o item empregado doméstico (de 0,76% para 0,50%), mão-de-obra para pequenos reparos (de 1,94% para 0,35%) e artigos de limpeza (de 0,83% para 0,12%). Os artigos de vestuário passaram de 0,84% para 0,50%, enquanto os eletrodomésticos, que haviam subido 0,49% em maio, chegaram a apresentar queda de 0,56% em junho.

(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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