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Para Mantega, investimentos podem alcançar 24% do PIB nos próximos anos

Em Nova York, ministro da Fazenda abusa do otimismo, mesmo diante das dificuldades do governo para atrair capital para investimentos no setor

Por Da Redação
25 set 2013, 12h40

Em visita a Nova York, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a abusar do otimismo e fez estimativas de que o investimento em infraestrutura no país deve saltar do patamar atual – entre 18% e 19% do Produto Interno Bruto (PIB) – para 23% ou 24% nos próximos anos. O ministro participa nesta quarta-feira de seminário sobre infraestrutura no Brasil, organizado pelo Goldman Sachs, em Wall Street. Apesar de o governo estar enfrentando dificuldades para atrair capital para investimentos no setor, Mantega disse que, assim como ocorreu na China, esses aportes darão dinamismo à economia brasileira.

Apesar do que disse o ministro, os números mostram outra realidade: nos primeiros três meses do ano, 14,8 bilhões de reais foram destinados à infraestrutura, um recuo de 4,5% frente ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pela Inter B Consultoria. Apesar da aproximação da Copa do Mundo, a concentração de leilões de concessão de rodovias, ferrovias e aeroportos no fim do ano adiará para 2014 os desembolsos mais significativos para a área.

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O ministro ressaltou que o Brasil está superando os efeitos da crise internacional e caminha gradualmente para um crescimento sustentável. Os Estados Unidos ainda estão crescendo menos do que o esperado e o ministro disse que os estímulos monetários americanos precisam ser reduzidos. A redução, segundo ele, tem de ser organizada, caso contrário, a volatilidade e a turbulência no mercado internacional ficam muito elevadas.

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Fed – “Agora parece que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) está definindo mais claramente como será a redução dos estímulos. O caminho adequado é um gradualismo para esta redução”, disse em sua apresentação, destacando que apenas a expectativa de mudanças da política monetária afetou muito os países emergentes, influenciando, sobretudo, as moedas. “Talvez tenhamos aí uma calmaria”, disse ao comentar sobre a decisão do Fed tomada na semana passada de adiar a diminuição do ritmo mensal de compras de ativos.

Mantega frisou que o Brasil tem armas para lutar contra a maior instabilidade nos mercados, como as altas reservas internacionais e a menor dívida pública em comparação com outros países. O ministro falou que o dólar chegou a 2,45 reais e, recentemente, após a decisão do Fed, a moeda norte-americana recuou para 2,20 reais e não houve saída de capital no Brasil, como se viu em outros países emergentes.

Sobre a deterioração da conta corrente este ano, Mantega ressaltou que ela é passageira e destacou que se explica pela conta petróleo, por causa das importações e exportações do óleo e derivados. Houve aumento do consumo de derivados no Brasil ao mesmo tempo em que a produção da Petrobras não cresceu, mostrando até uma queda, devido a paradas técnicas em algumas plataformas, que diminuiu provisoriamente a provisão, afirmou.

No final de 2013, a produção de petróleo deve crescer, disse Mantega, com a entrada em funcionamento de novas sondas no ano passado e neste. “Isso vai aumentar a produção de petróleo e levar o país novamente à condição de exportador de petróleo.”

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O seminário em Wall Street do qual o ministro Mantega participa discute oportunidades de investimento em infraestrutura no Brasil. A presidente Dilma Rousseff deve encerrar o evento com uma apresentação na tarde desta quarta-feira. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, também está presente.

(com Estadão Conteúdo)

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