Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Inflação sobe 0,64% em abril, informa IBGE

Alta é a maior do ano, que acumula variação de 1,87%, bem abaixo do mesmo intervalo do ano passado, quando a alta foi de 3,23%

Por Da Redação
9 Maio 2012, 09h32

Com remédios, cigarros e empregados domésticos mais caros, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou 0,64% em abril contra 0,21% em março.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), somente os preços de cigarros aumentaram em 15,04% dado o reajuste imposto pelo governo e válido a partir de 6 de abril. Somado à alta dos custos com empregados domésticos, o grupo despesas pessoais foi o que mais pressionou no mês, com alta de 2,23%. Os remédios também contribuíram para um aumento de preços ao consumidor, dado o reajuste de preços vigente desde 31 de março. Os três itens responderam por 38% do IPCA de abril.

Leia também

IPC-C1, a inflação para famílias de baixa renda, sobe 0,59% no mês

Alimentos – A inflação dos alimentos dobrou na passagem de março para abril, no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo Alimentação e Bebidas saiu de uma alta de preços de 0,25% em março para um aumento de 0,51% em abril. Houve tanto impacto da valorização do dólar frente ao real quanto de problemas climáticos.

Continua após a publicidade

“Os alimentos têm efeito da exportação, que já é um indício do dólar crescendo. Temos efeitos também dos problemas de safra e do clima, que influenciam o feijão, por exemplo, o principal impacto entre os alimentos”, contou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

O destaque de alta foi o feijão carioca, mais consumido no País, que teve aumento de 12,66% em abril. Ficaram mais caros também o feijão-mulatinho, o sorvete, a farinha de mandioca, o alho, o óleo de soja, a batata inglesa, os pescados, o ovo de galinha, o queijo, a cerveja, o frango em pedaços, o açúcar refinado, o leite longa vida, o biscoito e o arroz.

“Arroz subiu, feijão subiu, farinha subiu. Na verdade é o prato típico do brasileiro. A safra de mandioca foi bastante prejudicada. No caso do feijão, é safra também. São pequenos produtores que plantam. Quando o preço é bom, todo mundo planta no ano seguinte. Quando é ruim, ninguém planta”, explicou Eulina. “O aumento do óleo de Soja é ligado ao dólar. Há problemas na safra americana, e o Brasil está exportando mais. Então o preço da soja está aumentando no País.”

Na direção oposta, ficaram mais baratos o tomate, as carnes, o lanche, o frango inteiro, o açúcar cristal e o café moído. “A carne continua caindo. No primeiro semestre, é período de safra da carne. Então os produtores têm abatido mais”, disse a coordenadora do IBGE. As carnes saíram de uma queda de 1,63% em março para um recuo de 1,35% em abril.

Continua após a publicidade

Vestuário – Os grupos vestuário e comunicação deixaram o patamar de deflação visto no mês de março e apresentaram crescimento de preços no quarto mês do ano, de 0,98% e 0,46%, respectivamente. Somente o grupo artigos de residência aprofundou a queda dos valores, que passaram de -0,40% para -0,79% entre os dois períodos.

No acumulado anual, o IPCA marcou 1,87% de inflação, bem abaixo do mesmo intervalo do ano passado, quando a alta foi de 3,23%. No acumulado dos últimos 12 meses, o aumento de preços ficou em 5,10%, também inferior aos 5,24% comprando aos doze meses imediatamente anteriores.

Remédios – O reajuste dos remédios também teve forte impacto na inflação. Os preços subiram 1,58% no mês passado, após terem aumentado 0,02% em março. Os reajustes foram concedidos em 31 de março. Como resultado, os remédios foram os principais responsáveis pela alta de 0,96% no grupo Saúde e Cuidados Pessoais em abril.

A contribuição dos remédios foi de 0,05 ponto porcentual na taxa do IPCA (0,64%) no mês. Junto com os impactos de empregados domésticos (0,07 ponto porcentual) e cigarros (0,12 ponto porcentual), apenas esses três itens foram responsáveis por 0,24 ponto porcentual da inflação em abril, o equivalente a 38% do IPCA.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.