Inflação da zona do euro desacelera para 0,7%
Dados divulgados nesta sexta-feira também mostraram que a taxa de desemprego no bloco permaneceu em 12% em dezembro de 2013
A inflação da zona do euro desacelerou em janeiro, abaixo da meta de cerca de 2% do Banco Central Europeu (BCE), devido, principalmente, à forte queda dos custos de energia. A alta dos preços ao consumidor reduziu o ritmo para 0,7% no primeiro mês de 2014 na comparação anual, ante 0,8% em dezembro, mostraram dados da agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, nesta sexta-feira.
A última vez que o índice atingiu o nível de 0,7% foi em outubro, a leitura mais baixa em quase quatro anos, o que intensifica os temores de deflação no bloco. Estimativas de economistas consultados pela Reuters apontavam aceleração de 0,9% em janeiro.
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A desaceleração da inflação foi provocada por uma queda de 1,2% no preço da energia, que havia ficado estável no mês anterior, enquanto que os custos de alimentos, álcool e tabaco avançaram 1,7% na comparação anual.
Embora o presidente do BCE, Mario Draghi, tenha dito em janeiro que a deflação não está ameaçando a zona do euro, vários países já sofrem com este problema. O próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a desaceleração no aumento dos preços é um risco potencial.
Desemprego – A taxa de desemprego da zona do euro ficou em 12%, perto da máxima recorde, pelo terceiro mês seguido em dezembro, segundo dados da Eurostat.
Apesar da estabilidade da taxa, o número de desempregados no bloco mostrou queda de 129 mil no último mês de 2013, para 19,01 milhões de pessoas. O recuo é o maior registrado em um único mês desde abril de 2007, período anterior ao início da crise financeira do bloco.
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(com Estadão Conteúdo, France-Press e agência Reuters)