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Indústria terá R$ 9,1 bi das desonerações em folha

Secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, diz que destinação desse montante reflete preocupação do governo com o setor

Por Da Redação
17 set 2012, 14h04

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta segunda-feira que a indústria vai receber 9,1 bilhões de reais (71,09%) dos 12,8 bilhões de reais em desonerações em folha de pagamento para empresas. O valor total será registrado apenas ao final de 2013. “Isso dá a dimensão de quanto o governo está atento à importância da indústria para a economia”, comentou durante fórum promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

Barbosa ressaltou ainda que a redução dos custos de energia para as empresas é muito importante para melhorar a competitividade das companhias que atuam no mercado nacional. “Preço de energia é tão importante quanto câmbio”, ponderou.

Segundo ele, no Brasil é possível e necessário combinar medidas de estímulo da demanda agregada – já que o país está crescendo abaixo do seu potencial desde 2011 – e de diminuição do custo de produção das empresas, concedendo espaço para a ampliação dos investimentos.

Câmbio e juros – Para Barbosa, a atual taxa nominal de câmbio no Brasil – de 2,00 reais a 2,05 reais – “ainda é muito apreciada”, apesar do recente movimento de queda da cotação da moeda brasileira ante o dólar. “Temos um desafio que é consolidar novo patamar de juro real e evitar apreciação excessiva cambial”. “A taxa de juro real de 1,70% (taxa de juros nominal menos a inflação) é baixa para o Brasil em níveis históricos, mas é muito alta em relação ao que existe hoje no mundo”, destacou. Entre todos os países do G-7 a taxa de juros descontada a inflação é negativa.

O secretário ressaltou que o regime cambial no Brasil é flutuante e disse que não sabe para qual direção ele vai. “Contudo, certamente não podemos deixá-lo apreciar ainda mais. O câmbio”, destacou. “O câmbio quando varia muito para baixo ou para cima é negativo para a economia”, apontou.

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Barbosa ainda disse que “não será preciso subir juros em 2013.” Para ele, as condições econômicas do País no decorrer deste ano e no próximo permitirão que a economia cresça 2% em 2012, avance para um número entre 4% e 5% no ano que vem, sem pressões inflacionárias.

Inflação – Sobre os preços, o secretário afirmou que o IPCA deve convergir à meta de 4,5% até o final de 2013. Ele destacou a redução das tarifas de energia, que vão retirar do IPCA de 0,5 a 0,6 ponto porcentual no próximo ano. “Como a economia vai crescer mais no ano que vem, isso vai ampliar a produtividade das empresas, o que vai reduzir custos”, comentou, acrescentando que isso deve ajudar a conter os preços de produtos e serviços.

“O choque de grãos (dos Estados Unidos) interrompeu temporariamente a convergência da inflação para o centro da meta neste ano”, comentou, ressaltando que a tendência era de que o IPCA fecharia este ano ao redor de 4,7%. Mas com a seca registrada no território norte-americano, isso deve fazer com que o índice feche 2012 ao redor de 5%.

(Com Agência Estado)

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